Após suspender sessão, Eunício retoma os trabalhos e conduz aprovação da reforma trabalhista

Nesta terça-feira (11), depois de seis horas de sessão suspensa no Plenário, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reabriu os trabalhos para votação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017, que trata da reforma trabalhista.
11/07/2017 22h35

Nesta terça-feira (11), depois de seis horas de sessão suspensa no Plenário, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reabriu os trabalhos para votação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017, que trata da reforma trabalhista. Impedido de usar a cadeira de presidente por um grupo de senadoras da oposição contrárias à reforma, Eunício ocupou outro lugar na mesa e recorreu a um microfone avulso para conduzir a votação. O texto foi aprovado com 50 votos sim, 26 não e uma abstenção.

Após suspender sessão, Eunício retoma os trabalhos e conduz aprovação da reforma trabalhista. Foto: Marcos Oliveira

Durante o encaminhamento do projeto pelos líderes partidários, o líder do PT, senador Lindbergh Farias (PT/RJ), protestou porque não tinha áudio nos microfones para se manifestar. Eunício Oliveira explicou que não tinha como liberar os microfones porque a cadeira dele estava ocupada pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN).

“Se Vossas Excelências me derem a permissão de presidir do local de onde o presidente preside, eu darei a palavra para encaminhamento. Caso contrário, eu não tenho como dar. Não sou eu. Eu não tenho como abrir o microfone”, explicou o Eunício.

Nesse momento, as mulheres concordaram em devolver o lugar ao presidente, que concedeu cinco minutos a cada líder para encaminhar o projeto.

“Deus me deu esse sentimento da paciência porque todo democrata tem que ter paciência. Então, olha bem, mesmo os que são impacientes ou que não são democratas não aceitam a democracia. Como eu disse, palavra eu cumpro, embora não estejam cumprindo comigo. Eu não vou encerrar a votação agora, não tenho pressa para encerrar a votação. Eu vou dar o encaminhamento de líderes e, nos destaques, eu vou dar encaminhamento aos inscritos”, esclareceu Eunício ao reassumir a cadeira de presidente.

 

Sessão suspensa

A sessão do Plenário foi suspensa pelo presidente do Senado às 12h, quando um grupo de senadoras da oposição ocupou a mesa impedindo que Eunício Oliveira sentasse na cadeira de presidente para comandar a votação da reforma trabalhista. Até a reabertura da sessão, as senadoras permaneceram na mesa, enquanto senadores de vários partidos se revezavam entre uma reunião na presidência do Senado e o Plenário em busca de um acordo que não aconteceu. A sessão só foi retomada às 18h com o retorno do presidente do Senado ao Plenário.

“Eu vou fazer mais uma vez aqui um apelo, vou fazer um apelo ali no Plenário aos que ocuparam a Mesa. Nem a ditadura militar ousou ocupar a mesa do Congresso Nacional. Isso não existe no regime democrático”, afirmou Eunício a caminho do Plenário.


Destaques
Durante a sessão do Plenário desta terça-feira, os parlamentares rejeitaram os destaques e as emendas de senadores ao PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista. Na sequência, o Plenário seguiu com apreciação dos destaques de bancada, que também foram rejeitados.

O PLC 38/2017 seguiu direto para a sanção presidencial.