Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado

Na tarde deste sábado (2), os senadores elegeram, com 42 votos, Davi Alcolumbre (Democratas-AP) como presidente do Senado para o biênio 2019 – 2020. Foram mais de 15 horas de debates divididos em duas sessões para que os parlamentares definissem o comando da Casa Legislativa.
02/02/2019 18h50

Na tarde deste sábado (2), os senadores elegeram, com 42 votos, Davi Alcolumbre (Democratas-AP) como presidente do Senado para o biênio 2019 – 2020. Foram mais de 15 horas de debates divididos em duas sessões para que os parlamentares definissem o comando da Casa Legislativa. Após o resultado da eleição, em breve discurso, Davi Alcolumbre agradeceu aos senadores que abriram mão das candidaturas e aos demais que concorreram ao cargo.

Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado. Foto: Marcos Brandão

“Começo agradecendo e acolhendo com humildade o enorme desafio que esta eleição me incumbiu. Deixo claro que não conduzirei um Senado de revanchismo: os meus adversários terão, todos eles, de minha parte, pujante disposição para o diálogo e a mais ampla cooperação e deferência para a construção de um novo Senado, com os ânimos serenados e voltados ao bem comum do Povo”, disse Davi Alcolumbre.

O presidente do Senado disse que é preciso reunificar o Senado em torno do que lhe deve ser mais caro: a República e o interesse público.

 

“Não tenho inimigos na política: a condição de adversário é passageira e permanentes são as instituições e devemos, portanto, trabalhar pelo Brasil. Situação e Oposição contarão com o mais amplo respeito desta Presidência: as prerrogativas republicanas dos parlamentares e seu exercício com retidão moral é assunto do qual não me desviarei, na sua defesa intransigente”, defendeu.

Davi Alcolumbre, que durante as duas sessões que antecederam o resultado da eleição, defendeu o voto aberto para a escolha do novo presidente do Senado, defendeu que essa será a “derradeira sessão do segredismo”.

“Só com a transparência em todas as nossas práticas, o Senado reconquistará seu prestígio e revelará sua estatura no conjunto dos Poderes. Não devemos temer a crítica das ruas: devemos ouvi-la com atenção e recolhe-la com acato e humildade”, garantiu.

Segundo o novo presidente do Senado, a democratização do processo legislativo é uma promessa que não será feita em vão.

“Não haverá nesta Casa senadores ou senadoras de alto e baixo clero. Todos serão tratados com a mais absoluta deferência e respeito! Prometo perseguir com meu mais absoluto afinco e zelo a busca permanente por estar sempre à altura do desafio que me foi confiado nessa sessão”, afirmou.

Davi Alcolumbre lembrou aos senadores que a Casa Legislativa existe para servir o povo brasileiro e não para se servir dele.

“Neste novo Senado que construiremos juntos, os anseios das ruas terão o protagonismo outrora deixado aos conchavos das elites partidárias assépticas ao interesse público. Espero e confio que possamos entregar essa Casa, ao fim deste biênio que se inicia, com o país retomando os trilhos do desenvolvimento e da prosperidade, enfrentando as reformas complexas que com urgência nosso país reclama, com um Legislativo forte e reabilitado com a Cidadania, que não se curve à intromissão amesquinhada do Poder Judiciário o de qualquer outro Poder, e que se reconcilie com sua função por excelência de representar o Povo e os estados da Federação”, alertou.

Ao finalizar o discurso, o presidente do Senado enfatizou que a Brasil conta com os senadores.

“Nós não podemos nos dar o luxo de falhar! Agradeço aos Senadores e Senadoras, ao meu querido estado do Amapá e ao povo brasileiro, por essa oportunidade e desafio, pedindo desculpas, enquanto presidente desta Casa, pelos ultrajes seguidos que apequenaram essa grande instituição chamada Senado da República nesta sessão preparatória: teremos grandeza e espírito público para honrar esta Casa”, afirmou.

O presidente do Senado está em seu primeiro mandato como senador, tendo sido eleito em 2014, com 36,26% dos votos do eleitorado do estado do Amapá. Foi vereador em Macapá de 2001 a 2003 quando ainda era filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 2002 foi eleito deputado federal pelo estado do Amapá, sendo reeleito em 2006 e 2010. Atualmente é filiado ao Democratas, partido do qual faz parte do Diretório Nacional e também do Conselho Político do movimento jovem vencendo o favorito ex-senador Gilvam Borges. Em 2015, foi eleito presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal.

 

DISCURSO NA ÍNTEGRA

Brasileiros e brasileiras, Senhores Senadores, Senhoras Senadoras,

Começo agradecendo e acolhendo com humildade o enorme desafio que esta eleição me incumbiu.

Deixo claro que não conduzirei um Senado de revanchismo: os meus adversários terão, todos eles, de minha parte, pujante disposição para o diálogo e a mais ampla cooperação e deferência para a construção de um novo Senado, com os ânimos serenados e voltados ao bem comum do Povo. Precisamos reunificar o Senado em torno do que lhe deve ser mais caro: a República e o interesse público.

Não tenho inimigos na política: a condição de adversário é passageira e permanentes são as instituições e devemos, portanto, trabalhar pelo Brasil.

Situação e Oposição contarão com o mais amplo respeito desta Presidência: as prerrogativas republicanas dos parlamentares e seu exercício com retidão moral é assunto do qual não me desviarei, na sua defesa intransigente!

Manifesto desde já que, no que depender de minha condução, essa será a derradeira sessão do “segredismo”, do conforto enganoso do voto secreto: só com a transparência em todas as nossas práticas, o Senado reconquistará seu prestígio e revelará sua estatura no conjunto dos Poderes. Não devemos temer a crítica das ruas: devemos ouvi-la com atenção e recolhe-la com acato e humildade.

A democratização do processo legislativo é promessa que não será vã: não haverá nesta Casa senadores ou senadoras de alto e baixo clero. Todos serão tratados com a mais absoluta deferência e respeito! Prometo perseguir com meu mais absoluto afinco e zelo a busca permanente por estar sempre à altura do desafio que me foi confiado nessa sessão!

Estamos aqui para servir o povo brasileiro e não para nos servirmos dele: neste novo Senado que construiremos juntos, os anseios das ruas terão o protagonismo outrora deixado aos conchavos das elites partidárias assépticas ao interesse público.

Espero e confio que possamos entregar essa Casa, ao fim deste biênio que se inicia, com o país retomando os trilhos do desenvolvimento e da prosperidade, enfrentando as reformas complexas que com urgência nosso país reclama, com um Legislativo forte e reabilitado com a Cidadania, que não se curve à intromissão amesquinhada do Poder Judiciário o de qualquer outro Poder, e que se reconcilie com sua função por excelência de representar o Povo e os estados da Federação.

O Brasil conta conosco: não podemos nos dar o luxo de falhar! Agradeço aos Senadores e Senadoras, ao meu querido estado do Amapá e ao povo brasileiro, por essa oportunidade e desafio, pedindo desculpas, enquanto presidente desta Casa, pelos ultrajes seguidos que apequenaram essa grande instituição chamada Senado da República nesta sessão preparatória: teremos grandeza e espírito público para honrar esta Casa!

Muito obrigado, brasileiros e brasileiras!