O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (Democratas-AP), explicou, durante a sessão do Plenário desta terça-feira (27), as razões pelas quais remarcou a instalação da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), que havia sido agendada para as 14h30 de hoje. Para o presidente, o colegiado é espaço adequado para deputados e senadores debaterem a situação das queimadas na Floresta Amazônica.

“Líderes partidários das duas Casas do Congresso pediram mais tempo para fechar a relação dos parlamentares que vão integrar esse colegiado, então eu decidi suspender a instalação da comissão e dar 24 horas para que essas indicações sejam feitas”, disse Davi.

A decisão de instalar a comissão foi anunciada, na última sexta-feira (23), pelo presidente. Criado pela Resolução 4/2008 do Congresso Nacional, o colegiado tem apenas funções fiscalizatórias, com a finalidade de acompanhar e monitorar as ações referentes às mudanças climáticas no Brasil.

“As queimadas na Amazônia têm sido foco das atenções do noticiário de todo o mundo. A Comissão de Mudanças Climáticas vai traçar um painel claro da situação: com profundidade, com serenidade, com responsabilidade. Porque só assim conseguiremos encontrar soluções verdadeiras e definitivas para os problemas que acometem a região”, afirmou Davi.

Na reunião prevista para esta quarta (28), deve ser apresentado um cronograma de trabalho. A expectativa é de que diligências e audiências públicas com ministros e especialistas em meio ambiente estejam na agenda.

Para o presidente do Senado, as mudanças climáticas exigem que o Congresso apresente ao país e ao mundo soluções efetivas à degradação do meio ambiente, compatibilizando preservação e exploração responsáveis.