Episódio 30 - O Senado e os governos pós-Constituição de 1988 - parte 7 — Rádio Senado
Senado 200 anos

Episódio 30 - O Senado e os governos pós-Constituição de 1988 - parte 7

Lula tomou posse pela terceira vez no cargo de presidente da República em primeiro de janeiro de 2023, em cerimônia no Palácio do Congresso Nacional. Uma semana depois, esse mesmo prédio, além do Palácio do Planalto e a sede do STF foram invadidos e depredados por milhares de pessoas que questionavam o resultado das urnas. Em 2024, o Senado comemora o bicentenário de sua criação e lembra sua participação ativa na construção da história do Brasil independente. Em sessão especial para celebrar os duzentos anos do Senado Brasileiro, no dia 25 de abril, o presidente Rodrigo Pacheco destacou a importância do ambiente plural e divergente dentro da instituição, necessário para a busca do consenso por meio do diálogo.

06/05/2024, 17h45 - ATUALIZADO EM 06/05/2024, 18h40
Duração de áudio: 05:12

Transcrição
LOC UMA SEMANA DEPOIS DA POSSE DO PRESIDENTE LULA, OS PRÉDIOS QUE SEDIAM OS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA FORAM INVADIVOS E DEPREDADOS POR MILHARES DE PESSOAS QUE QUESTIONAVAM O RESULTADO DAS URNAS. OS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS DE 8 DE JANEIRO FORAM O RESULTADO DE UM AMBIENTE POLARIZADO QUE, ESTIMULADO POR AUTORIDADES PÚBLICAS, AINDA HOJE MARCAM A DISPUTA POLÍTICA NO PAÍS, COM REFLEXOS NOS TRABALHOS DO LEGISLATIVO. ESSE É O TEMA DO TRIGÉSIMO E ÚLTIMO EPISÓDIO DO PODCAST SENADO 200 ANOS: A HISTÓRIA PASSA POR AQUI. UMA PRODUÇÃO DA RÁDIO SENADO. Desde junho de 2023, o Senado conta com 16 comissões permanentes, que têm competência para analisar e votar diversas proposições legislativas, além de discutir temas a elas relacionados. Um desses colegiados passou a existir naquele mês: a Comissão Senado do Futuro foi transformada em Comissão de Defesa da Democracia. Essa mudança foi um dos resultados da reação do Senado aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Quando as sedes dos poderes foram invadidas no início de 2023, o Senado estava em recesso parlamentar. Por causa disso, os senadores foram convocados em 10 de janeiro para uma sessão extraordinária semipresencial, que tinha como objetivo votar o projeto de decreto legislativo que autorizava a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Com a medida, a União assumiu o comando da segurança pública no DF no lugar do governo local, até 31 de janeiro de 2023. Naquela ocasião, o senador Davi Alcolumbre, do União do Amapá, relator do projeto que já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, reconheceu o rigor da decisão, mas não discordou de sua necessidade. Sonora: Davi Alcolumbre Busca-se recuperar a ordem pública do Distrito Federal, tendo em vista que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram ineficazes no trabalho de impedir, coibir e reprimir os ataques conduzidos e orquestrados, diga-se de passagem, com antecedência e previsibilidade. Também naquele mês, parlamentares defenderam a instalação de uma CPI para apurar os fatos e identificar os responsáveis pelos atos e possíveis omissões na contenção dos que participaram do quebra-quebra. Em 18 de outubro, o relatório da senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, foi aprovado. No documento, ela apontou a atuação de grupos radicais no cenário político nacional e sugeriu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonrao e de militares. Sonora: Eliziane Gama Hoje é um dia simbólico para o Brasil e para o mundo, o Brasil, sobretudo. O Congresso Nacional dá uma resposta de intolerância a atos antidemocráticos. É uma demonstração de que a democracia venceu o fascismo, de que a democracia venceu a barbárie, de que a democracia do Brasil é forte, de que as instituições brasileiras mais do que nunca são fortes e nós não vamos permitir que o 8 de janeiro se repita na história brasileira. O relatório foi criticado por oposicionistas. O senador Sérgio Moro, do União do Paraná, defendeu a punição de quem destruiu o patrimônio público, mas lembrou que nada daquilo aconteceria, se o governo Lula não tivesse sido omisso. Sonora: Sérgio Moro Quando se junta a omissão do general Gonçalves Dias com a do ministro da Justiça, e esse é uma das principais falhas aqui do relatório porque sem evidências se constrói a teoria do golpe de estado, que se houve não há evidências que foram produzidas por essa CPMI. O Senado, durante os duzentos anos de suas existência, teve participação ativa na construção da história do Brasil independente. É claro que a instituição passou por diversas transformações ao longo desse tempo, em consonância com as preocupações e anseios de cada período. Em sessão especial para comemorar os duzentos anos do Senado, no dia 25 de abril, o presidente Rodrigo Pacheco destacou a importância do ambiente plural e divergente dentro da instituição, necessário para a busca do consenso por meio do diálogo. Sonora: Rodrigo Pacheco Nós queremos um país moderno, nós queremos um país inclusivo, nós queremos um país socialmente justo. Nós queremos, nas palavras da primeira Senadora negra do Brasil, a Senadora Laélia de Alcântara, abro aspas, "uma democracia verdadeira, em que o povo terá a sua vez de falar", fecho aspas; E nós não vamos medir esforços para que isso aconteça. LOC VOCÊ ACOMPANHOU O TRIGÉSIMO E ÚLTIMO EPISÓDIO DO PODCAST SENADO DUZENTOS ANOS: A HISTÓRIA PASSA POR AQUI. UMA PRODUÇÃO RÁDIO SENADO. TODOS OS EPISÓDIOS DESSA SÉRIE ESTÃO DISPONÍVEIS NAS PRINCIPAIS PLATAFORMAS DE ÁUDIO. ACESSE E OUÇA QUANDO QUISER.

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