Saiba como ser um doador de medula óssea — Rádio Senado
Saúde

Saiba como ser um doador de medula óssea

Dia 19 de setembro é o dia Mundial do Doador de Medula Óssea. Saiba mais sobre como salvar a vida de outras pessoas sendo um doador de medula óssea.

17/09/2021, 20h19 - ATUALIZADO EM 17/09/2021, 20h19
Duração de áudio: 03:34
Foto: Fernando-Vivas / Gov BA

Transcrição
19 DE SETEMBRO É O DIA MUNDIAL DO DOADOR DE MEDULA ÓSSEA. SAIBA COMO FAZER PARTE DESSE GRUPO QUE AJUDA A  SALVAR TANTAS VIDAS. A REPORTAGEM É DE MANUELA MOURA: Olá, meu nome é Jamile, eu sou mãe da Antonela, nós somos de Gramado no Rio Grande do Sul. Bom, há três anos Antonella foi diagnosticada com Leucemia, começou o tratamento inicial com quimioterapias, infelizmente após os primeiros tratamentos ela não teve boa resposta à quimioterapia. Então a equipe decidiu optar pelo transplante de medula óssea pra ela. Há dois anos e meio ela realizou o transplante e hoje ela vive normalmente após o transplante como uma criança normal. Deu tudo certo com o transplante dela. No dia 19 de Setembro é comemorado o dia mundial de doadores de medula óssea. Para fazer parte desse grupo é preciso ter idade entre 18 e 35 anos, ir até o hemocentro mais próximo e efetuar um cadastro. Nesse cadastro é realizada uma coleta de sangue simples onde é feita uma análise dos dados genéticos desse doador. A hematologista Andresa Melo explica como ocorre o processo após a realização do registro: Esses dados são então inseridos num banco de de dados de doadores voluntários de medula óssea e, se um dia algum paciente compatível com esse doador for inserido no banco de receptores de medula óssea, esse banco de dados faz um cruzamento e identifica então a compatibilidade entre os dois. Nesse momento o REDOME, que é o registro nacional de doadores voluntários de medula óssea, entre em contato com esse doador voluntário que está no cadastro, que está no registro, e convoca esse doador para realizar os testes confirmatórios, avaliação para doação e para que esse doador possa, então, dar o consentimento seguir com a programação do processo de doação. Andresa Melo conta que o procedimento ocorre de forma simples: O doador permanece dormindo, sedado. É um procedimento absolutamente isento de desconforto e são realizadas algumas punções na região da medula, que é a região posterior do quadril do doador. O procedimento é rápido, dura em torno de uma hora, uma hora e meia, e é extremamente seguro, tem pouquíssimos riscos envolvidos, não tem necessidade de corte ou nem de sutura. A recuperação do doador é muito rápida. Uma vez que existem várias doenças graves que podem levar o paciente ao óbito e que só podem ser curados com o transplante de medula óssea é fundamental considerar a doação de medula para salvar vidas. Recado reforçado pela Jamile, de Gramado, mãe da Antonella, criança que foi salva com um transplante de medula e ouvimos no início da reportagem: Eu queria também ressaltar a importância de todas as pessoas irem ao hemocentro mais próximo e fazer o seu cadastro pra ser doador de medula óssea é muito importante, assim como a minha filha precisou, tem muita gente na fila esperando um doador. Ás vezes não é fácil de encontrar ... se todos cadastrarem é uma chance a mais. Peço pela minha filha e por todos que estão na fila, quem puder vá se cadastrar. Após se submeter a um tratamento que destrói a própria medula, o receptor recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha. Sob supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Manuela Moura.

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