Renan diz que não há definição sobre o recesso parlamentar

“Há sim uma grande preocupação quanto ao recesso, muitos acham que cruzar os braços essa hora é agravar o quadro político, econômico e social. Por isso, é preciso refletir bastante e decidir o que nós vamos fazer”, avaliou Renan.
08/12/2015 16h55

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na tarde desta terça-feira (08), que ainda não há definição sobre o recesso parlamentar, que constitucionalmente tem início no próximo dia 22 de dezembro. O pedido para que o Congresso Nacional permaneça em funcionamento foi feito pela presidente da República Dilma Rousseff. O governo avalia que é melhor agilizar o pedido de impeachment contra Dilma, na Câmara dos Deputados, para evitar danos ainda maiores ao país, mas setores da oposição resistem. “Há sim uma grande preocupação quanto ao recesso, muitos acham que cruzar os braços essa hora é agravar o quadro político, econômico e social. Por isso, é preciso refletir bastante e decidir o que nós vamos fazer”, avaliou Renan.

Renan Calheiros explicou que existem cinco cenários para que o Congresso continue funcionando, entre eles, a convocação extraordinária feita pela presidente Dilma, a autoconvocação do Congresso e até mesmo a não votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O presidente do Senado também defendeu que é preciso ouvir a sociedade sobre a necessidade de se convocar ou não o Congresso. “É preciso ouvir a sociedade, se ela quer o Congresso funcionando, votando o que tem que ser votado e concluindo esse processo que já começou; ou se quer que o Congresso cruze os braços. Essa é uma decisão que nós temos que dividir com todo o mundo. A posição do presidente é sempre de responsabilidade e de equilíbrio e ele precisa refletir o pensamento majoritário da Casa”, argumentou Renan.

Carta Temer

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) não quis avaliar o conteúdo da carta do vice-presidente, Michel Temer PMDB-SP), à presidente Dilma Rousseff. “É uma carta pessoal, de desabafo, não é um documento coletivo, partidário”, enfatizou.

PMDB

Renan Calheiros voltou a defender que o PMDB tenha uma posição programática no governo. Ele ressaltou que o partido precisa contribuir com uma solução para a crise que atravessa o país.  “O Brasil mais do que querer, cobra que o maior partido ajude o país a sair da crise, essa é nossa responsabilidade, cruzar os braços nesse momento significa fragilizar a representação política e agravar as crises que estão postas, social, econômica, política. Nós não podemos fazer isso”, encerrou.