Sessão no Congresso homenageia o Ano da Contabilidade no Brasil

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado - Segunda-feira, 18 de Março de 2013
18/03/2013 00h00

O ano de 2013 foi escolhido para homenagear a profissão dos contabilistas. Durante a solenidade, realizada no Congresso Nacional, vários senadores e deputados discursaram sobre a importância da atividade profissional dos contabilistas para a economia do país. 

De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a homenagem à contabilidade contribuirá para que mais jovens se sintam atraídos por uma carreira na qual poderão ser protagonistas do crescimento sustentado e de uma economia pautada pelo equilíbrio e transparência. "Isso é o que esperamos e isso é o que o Brasil necessita", enfatizou Renan Calheiros (PMDB-AL). Para o presidente do Senado, a aceleração da velocidade com que atualmente os dados são processados e a convergência entre a economia e sociedade exigem profissionais da área contábil mais antenados, que não se limitem a se responsabilizar por manter a escrituração das empresas em ordem.

No Brasil, a contabilidade se expande e se torna uma atividade cada vez mais relevante e imprescindível, tanto para o setor público como para o privado, constituindo uma base importante de sustentação para o crescimento econômico. Com o advento da Lei 11.638, em 2007, que harmonizou a contabilidade brasileira aos padrões internacionais, se torna ainda mais premente a qualificação dos profissionais que atuam na área contábil. 

A capacidade de contar, desenvolvida ao longo da história da civilização, exerceu extraordinária influência no progresso da humanidade. Enquanto o homem primitivo levava sua vida de forma nômade, não havia muita necessidade de contar. Com a domesticação de animais e com o cultivo de grãos, surgiu a demanda por um método que desse conta de seus pertences, de suas criações, de seu patrimônio. 

Os primeiros sinais de registros contábeis, ainda que bastante primitivos, remontam a 8.000 a. C., e consistiam em incisões feitas em pedaços de madeira. Para cada pertence, uma incisão. 

Gradualmente foram criados os números para simbolizar as pequenas quantidades. O nó górdio eram as grandes quantidades. E assim foi até que os babilônicos criaram um símbolo para representar o "nada", constituindo tal elaboração uma das mais audaciosas da história do pensamento. Com o zero, tornou-se possível efetuar as operações matemáticas. E com elas o surgimento da contabilidade. Assim, a profissão de contabilista passou a evoluir de acordo com o próprio desenvolvimento social, cultural e econômico. 

Durante a Renascença, surge a figura do frei Luca Bartolomeo de Pacioli, um dos mais brilhantes estudiosos de seu tempo e considerado como "pai da contabilidade", devido à criação do método das partidas dobradas, o que elevou a contabilidade ao nível de ciência. Entretanto, somente no século XIX a contabilidade se consolidou de fato, tornando-se desde então imprescindível para a evolução do comércio entre os cidadãos, entre as cidades, e entre as nações de todo o mundo. 

Mais recentemente, o surgimento da auditoria, o desenvolvimento da contabilidade de custos, e o aumento da importância da contabilidade como ferramenta gerencial tornou possível a condução científica do comércio. Até a década de 60 do século passado, os profissionais contábeis eram conhecidos no país como "guarda-livros", expressão essa que se tornou obsoleta com a aceleração da economia e com o reconhecimento de que a profissão de contabilista abrange funções mais sofisticadas. 

Apesar da existência de cerca de 80 mil organizações contábeis e de 500 mil contadores individuais de contabilidade, ainda hoje subsiste no país uma escassez de profissionais com conhecimentos na área financeira, especialmente no que diz respeito à geração de informações para a tomada de decisões. De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tal déficit constitui uma excelente oportunidade para os jovens que queiram se especializar nesse segmento.

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