Os 90 anos da Coluna Prestes, movimento que teve entre os líderes o ex-senador Luiz Carlos Prestes, foram lembrados nesta terça-feira (20) em sessão solene do Congresso Nacional. O movimento percorreu cerca de 25 mil quilômetros das estradas de onze estados brasileiros, entre 1925 e 1927, por causa da insatisfação de parte dos militares com oligarquia e as fraudes eleitorais no Brasil.

O movimento, além de contribuir para esclarecer a população sobre a falta de democracia e sobre o poder concentrador oligárquico da República Velha, colaborou com a criação da Justiça Eleitoral e a instituição do voto secreto no Brasil. A mobilização revelou a figura de Luís Carlos Prestes, que por sua atuação recebeu o apelido de Cavaleiro da Esperança.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que presidiu a sessão, entregou uma distinção à viúva do ex-senador Prestes, Maria Prestes. Outros agraciados foram Letícia de Paiva Azevedo, neta de João Cabanas; Yuri Abyaza Costa, neto de Miguel Costa, um dos comandantes da Coluna Prestes; e Clayton Nardes, neto de Ezidro Pires Nardes, hoje com 104 anos, que integrou a Coluna Prestes com 13 anos de idade.

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) leu o discurso do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Comemoremos, pois os 90 anos da Coluna Prestes, lembrando sempre de seu maior líder, o grande Luiz Carlos Prestes, que mesmo durante o período em que permaneceu preso, manteve a esperança de um futuro melhor e a crença na capacidade humana de se redimir”, foi a mensagem do presidente do Senado aos que participaram da homenagem.