Por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o Plenário do Senado cassou o mandato da presidente da República, Dilma Rousseff. Em seguida, num destaque de votação em separado, que gerou muita discussão, foi analisado o dispositivo para que Dilma Rousseff ficasse proibida de exercer qualquer função pública nos próximos oito anos. Por 42 votos a 36 e 3 abstenções, os senadores rejeitaram a inabilitação e mantiveram o direito de Dilma de exercer cargos públicos mesmo após a perda do mandato. Com a decisão, Dilma Rousseff não ficará inelegível.

Momentos antes da votação do destaque, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez um apelo para que o plenário mantivesse os direitos políticos de Dilma.

“A democracia se corrige, não quer ser infalível. Afastar a presidente da República é constitucional, mas não é da Constituição inabilitar a presidente da República, como consequência do seu afastamento. No nordeste, costumam dizer uma coisa com a qual eu não concordo: além da queda, o coice. Não podemos deixar de julgar, mas não podemos ser desumanos. Eu voto contrário na inabilitação”, anunciou Renan.