Renan: o que mais aumenta arrecadação é crescimento da economia

“A melhor maneira de aumentar a arrecadação é retomando o crescimento da economia. Nós devemos fazer de tudo para colaborar com a retomada do crescimento”, defendeu Renan.
23/09/2015 19h10

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comentou a reforma anunciada pelo governo na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e no Programa de Integração Social (PIS). Embora a proposta ainda não tenha chegado ao Congresso Nacional, a estimativa é de um aumento da alíquota, hoje de 9,25%, para garantir o volume de arrecadação que o Ministério da Fazenda divulgou esperar com a mudança, de R$ 50 bilhões.

“Qualquer reforma de imposto - e é preciso melhorar os impostos no Brasil, desburocratizar facilitar o investimento – deve ser feita, mas com neutralidade. Eu acho que a reforma do PIS/Cofins precisa ser feita para melhorar os impostos, mas tem que guardar neutralidade. Não pode ser feita pensando em aumentar a arrecadação. Eu acho que o que mais aumenta a arrecadação é o crescimento da economia”, afirmou Renan.

Renan: o que mais aumenta arrecadação é crescimento da economia. Foto: Jonas Pereira

O presidente do Senado voltou a defender que o Executivo primeiro corte as despesas antes de pensar em aumentar receitas. “É importante cortar despesas. Esse é o primeiro exercício que o Brasil tem que fazer, para só depois buscar a eficiência da máquina, melhorar as políticas públicas e pensar na elevação dos impostos. A melhor maneira de aumentar a arrecadação é retomando o crescimento da economia. Nós devemos fazer tudo que colaborar com a retomada do crescimento da economia, inclusive reformando os impostos, melhorando os impostos”, defendeu.

Renan Calheiros também falou sobre a reforma ministerial que o governo deve anunciar em breve. “Considero incompatível com o cargo que exerço, de presidente do Senado Federal, participar dessa discussão de ministério, de nomeação, de indicação, eu considero totalmente incompatível com o cargo que exerço. Para que eu possa ajudar o Brasil cada vez mais eu preciso ter isenção e para ter isenção eu preciso definitivamente me afastar dessa discussão de ministérios, de indicação, de apoio, eu acho isso incompatível com a minha função”, ponderou.