Renan media conversa entre Michel Temer e governadores do N, NE e CO

Os governadores vieram em busca de ajuda para conseguir recursos do governo federal que facilitem a saída da crise econômica. Do Senado, eles partiram para uma reunião com o presidente interino, Michel Temer, no Palácio do Planalto.
16/08/2016 17h05

Nesta terça-feira (16), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu governadores e representantes dos executivos estaduais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Foram nove governadores: Tião Viana (PT), do Acre; Renan Filho (PMDB), de Alagoas; Rui Costa (PT), da Bahia; Camilo Santana (PT), do Ceará; Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins; Pedro Taques (PSDB), do Mato Grosso; Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal; Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Wellington Dias (PT), do Piauí.

Os governadores vieram em busca de ajuda para conseguir recursos do governo federal que facilitem a saída da crise econômica. Do Senado, eles partiram para uma reunião, mediada por Renan Calheiros, com o presidente interino, Michel Temer, no Palácio do Planalto.

“A crise continua. O equilíbrio federativo é fundamental para o Brasil. A União não tem como sobreviver sem os estados e não são todos os estados que têm dívida com a União”, afirmou o presidente do Senado ao destacar que “a renegociação da dívida apenas, por si só, ela não resolve, não garante isonomia, equilíbrio federativo aos estados brasileiros”.

Renan disse que cabe ao Senado, como “Casa da Federação”, a defesa do equilíbrio federativo e propôs a construção de um diálogo permanente, nos mesmos moldes do que foi feito para o alongamento da dívida dos estados, entre o Legislativo e os Executivos estaduais e federal até que se encontre uma solução.

Os governadores pleiteiam quatro medidas. Eles querem a liberação de um auxílio emergencial no valor de R$ 7 bilhões, como foi concedido ao estado do Rio de Janeiro; outros R$ 7 bilhões em créditos para financiamentos; o pagamento do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações–FEX e o aumento do Fundo de Participação dos Estados (FPE) em 2%.

Depois da reunião, o presidente do Senado informou que Michel Temer ficou de analisar com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cada uma das medidas apresentadas.

“Foi uma conversa muito boa, sobretudo porque repete o encaminhamento que tivemos na renegociação. É importante que todos conversem em torno da necessidade de se preservar o equilíbrio federativo e não mexer na questão fiscal que já está bastante deteriorada”, falou Renan.