Nesta terça-feira (16), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que haverá reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e os líderes partidários amanhã, às 11h, para que definição do roteiro da sessão de julgamento do impeachment da presidente da República afastada, Dilma Rousseff. O presidente destacou que os encaminhamentos serão feitos com a participação de todos, inclusive no que diz respeito a trabalho no fim de semana.

“Uma coisa é você fazer, numa sexta-feira, num sábado, numa segunda, uma sessão de julgamento do afastamento de uma presidente da República. Uma outra coisa, completamente diferente, é você estabelecer outros procedimentos como oitivas de testemunhas, discussão, participação da defesa ou da acusação. Eu acho que essa decisão vai ser tomada amanhã, mas é importante que ela seja tomada, para um lado ou para o outro, com a participação de todos”, esclareceu Renan.

Questionado sobre um possível compromisso da presidente afastada de promover um plebiscito por novas eleições caso seja reconduzida ao mandato, Renan defendeu que “na democracia, a melhor saída sempre é a saída constitucional e plebiscito, novas eleições não estão previstos na Constituição. Então, isso não é bom”, afirmou.

O presidente do Senado informou que vai se encontrar com o presidente interino, Michel Temer, no fim da manhã e que, às 15h, vai receber os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre os assuntos, está a repactuação das dívidas dos estados dessas regiões.

“Nós estamos conversando para que se encontre um caminho que, eventualmente, atenda a todos. Esse é o compromisso do presidente da República e esse é o compromisso também do Senado Federal que, como vocês sabem, é a Casa da Federação”, disse Renan.

Depois do encontro com os governadores, o presidente do Senado anunciou que fará uma reunião de líderes para combinar a agenda de votações dos próximos dias. Amanhã, os senadores devem votar, em Plenário, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2016, que prorroga até 2023 a Desvinculação de Receitas da União (DRU).