"Vamos abrir a caixa preta das Estatais", diz Renan

A proposta prevê a necessidade de sabatina e aprovação pelo Senado de indicados para dirigir as empresas estatais.
02/06/2015 16h55

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a defender na tarde desta terça-feira (02), a aprovação de uma lei  que garanta ao Congresso instrumentos para  fiscalizar o funcionamento das empresas estatais brasileiras.  Renan reagiu as declarações da presidente da República Dilma Rousseff que, na manhã desta terça-feira, disse que a nomeação de diretores e presidentes de estatais é atribuição do Poder Executivo.

Renan diz que Lei de Responsabilidade de estatais não é interferência no Executivo. Foto: Jonas Pereira

A polêmica começou depois que os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) apresentaram nesta segunda-feira (1º), um anteprojeto da Lei de Responsabilidade das Estatais. A proposta prevê a necessidade de sabatina e aprovação pelo Senado de  indicados para dirigir as empresas estatais.  “Não se trata absolutamente de interferência. Os poderes são complementares, o que é há é um desejo da sociedade que se abra a caixa preta das estatais. Essa coisa da discussão dos nomes, dos critérios de indicação não é o fundamental, o fundamental é a transparência, é dar a resposta que a sociedade esta cobrando”, afirmou Renan.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ressaltou que a Lei de Responsabilidade das estatais deve ser um instrumento para auxiliar na fiscalização que deve ser exercida pelo parlamento. “É  papel do Legislativo fiscalizar o executivo, esse projeto é apenas para ordenar, dar transparência abrir a caixa preta e fortalecer o papel do  Congresso  na fiscalização juntamente com a sociedade. É uma resposta do legislativo ao desalinho de todas as estatais, inclusive da Petrobrás”, explicou Renan.

CPI  da CBF

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também informou que aguarda a indicação dos líderes partidários para a instalação da CPI da CBF. O requerimento para a criação da comissão foi lido no último dia 28 de maio. A CPI terá sete membros titulares, sete suplentes e 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contratos para a realização de partidas da seleção brasileira de futebol e de campeonatos organizados pela CBF. “ A CPI vai seguir o rito normal, já conferimos as assinaturas, há  fato determinado, agora os lideres indicarão os membros. A renúncia  de Joseph Blatter da presidência da FIFA  é mais um fato q acontece no sentido da recomendação de que haja sim uma investigação”, observou.