“Se errarmos, a democracia se corrigirá e o povo nos corrigirá”, afirma Renan

Renan Calheiros destacou o cumprimento às leis e a obediência à Constituição Federal durante a tramitação do impeachment.
31/08/2016 13h45

Num discurso, poucos minutos antes da votação do impeachment da presidente da República afastada, Dilma Rousseff, na manhã desta quarta-feira (31), o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez um balanço de todo o processo que teve início em abril, quando a Câmara dos Deputados aceitou a abertura do impedimento de Dilma Rousseff.

Renan diz que Congresso seguiu Constituição em todos os momentos do impeachment. Foto: Jane de Araújo

Renan Calheiros destacou o cumprimento às leis e a obediência à Constituição Federal durante a tramitação do impeachment. Aos 80 senadores, o parlamentar enfatizou que a democracia é a melhor solução para qualquer crise.

“A democracia não é melhor regime porque é infalível, mas porque corrige suas próprias imperfeições, sob o mando do único soberano, a qual as democracias se curvam, o povo. Eis aqui a grandeza da democracia: se errarmos, a democracia se corrigirá e o povo nos corrigirá”, ressaltou.

Renan Calheiros parabenizou todos os senadores e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O presidente do Senado lembrou que a política foi praticada em alto nível, apesar do calor dos debates, e destacou a unanimidade dos Poderes democráticos, os três Poderes, que estão decidindo o destino da nação.

“É algo muito mais sólido do que maiorias momentâneas. Percorremos uma estrada pavimentada na legitimidade e muito bem sinalizada pela Constituição. Questionamentos existirão, mas a culpa não será da rota, não será da Constituição, não será da democracia”, defendeu.

Renan Calheiros observou a busca pelo equilíbrio, prudência e temperança. Ele cobrou mudanças na legislação que trata do impeachment no país, que qualificou como “intrinsecamente desestabilizadora”.

Ao encerrar, Renan Calheiros disse que continuará a trabalhar pelo bem do país e fez um apelo pela pacificação e concórdia de todos, “exauridos estamos todos, os brasileiros e brasileiras, sobretudo os mais pobres, mais sairemos mais fortes desse desafio”, concluiu.