Renan aceita ser interlocutor entre Executivo e Legislativo sobre Orçamento

Líderes dos partidos de oposição da Câmara dos Deputados e do Senado pediram nesta terça-feira (1º), ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolva a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) para 2016 enviado nesta segunda-feira ao Congresso Nacional.
01/09/2015 17h25

Líderes dos partidos de oposição da Câmara dos Deputados e do Senado pediram nesta terça-feira (1º), ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolva a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) para 2016 enviado nesta segunda-feira ao Congresso Nacional. A PLOA com estimativas para a arrecadação do governo e a definição dos gastos, prevê para o ano que vem um déficit de R$ 30,5 bilhões. O documento formalizando o pedido de devolução do projeto foi entregue pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

Líderes dos partidos de oposição da Câmara dos Deputados e do Senado pediram nesta terça-feira (01), ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolva a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) para 2016. Foto: Jane de Araújo

Renan Calheiros esclareceu que não pode, enquanto chefe de um Poder, devolver a proposta orçamentária. Mas, aceitou ser o interlocutor do Legislativo junto ao Executivo para obter um aditamento da proposta. “A proposta orçamentária não é responsabilidade do Congresso Nacional e não concordaremos com isso de forma nenhuma. Caberá ao governo propor a solução”, disse Renan aos 14 parlamentares que participaram da reunião.

Renan disse aos deputados e senadores que sua principal preocupação é a “drástica redução dos investimentos”. Os parlamentares reclamaram principalmente do aumento dos tributos sobre bebidas quentes e gás de cozinha. E disseram que não permitir que o Congresso Nacional faça uma “tarefa que cabe ao Executivo”.

“Se o governo não aditar essa proposta, nós vamos aprová-la exatamente como está. O governo que administre a bomba. Se eles não disserem onde vão cortar e de onde vão tirar recursos vamos aprovar como está. O que não pode é apresentar uma despesa maior que a receita e deixar tudo por isso mesmo”, disse o senador José Agripino (DEM-RN). Para 2016, o governo esperar arrecadar R$ 1,210 trilhão, um crescimento do país de 0,2%, uma inflação de 5,4% e o salário mínimo de R$ 865,50.