Durante a sessão do Plenário desta segunda-feira (9), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reagiu à decisão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), que adiou a votação do parecer do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que pede a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido – MS).  A CCJ decidiu aguardar a remessa de novos documentos incluídos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Delcídio no Supremo Tribunal Federal (STF).

Aos senadores, o presidente do Senado alertou que “terá dificuldade” em marcar a sessão que decidirá sobre o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, antes de submeter o caso de Delcidio ao Plenário da Casa.

“A CCJ desbordou de seu papel constitucional. Eu manterei a minha isenção”, disse Renan.

Diante do impasse, o presidente do Senado vai submeter ao Plenário da casa a decisão sobre a participação ou não do senador Delcídio do Amaral na sessão de votação da continuidade do processo de impeachment movido contra a presidente Dilma Rousseff.

“O senador Delcídio pode até participar, mas se o Plenário do Senado disser que ele pode participar. Agora ele não vai participar porque eu estou querendo ter um gesto de boa vontade com ele, como tantos que já tive. Eu não me exporei a isso. Manterei a minha isenção e, mais uma vez, quero lamentar com o senador José Maranhão, presidente da CCJ, que lembrou aqui seu passado e sua injusta cassação. Todos nós temos o maior carinho e o maior respeito pela biografia do senador Maranhão. Eu só não concordo que o senador Maranhão compare a circunstância da sua cassação com a do senador Delcídio do Amaral”, finalizou Renan.