Levy reitera a Renan importância da votação do ajuste fiscal

O ministro da Fazenda também falou sobre o anúncio do rebaixamento da nota de crédito pela agência de classificação de risco Fitch, que tirou o grau de investimento do país.
16/12/2015 13h20

Em reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no início da tarde desta quarta-feira (16), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reafirmou a importância da votação de medidas do ajuste fiscal. Ontem (15) o Senado aprovou o projeto que permite a repatriação de recursos que estão no exterior. A proposta, considerada pelo Executivo vital para o ajuste fiscal, deve render R$ 21,1 bilhões em 2016, segundo documento enviado pela equipe econômica do governo à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

Levy elogiou a votação do Senado e diz que agora espera a aprovação da Medida Provisória (MP) 692/2015, que cria um regime de alíquotas progressivas para ganhos de capital (ganhos com venda de imóveis ou com rendimento de aplicações financeiras); e da  MP 694/2015, que eleva a tributação de juros sobre o capital próprio.

“Todas elas são medidas que, além do aspecto fiscal indispensável, elas reorientam, têm ali a semente do crescimento, a semente da retomada da nossa economia, a preservação dos empregos. Tem que fazer isso, são medidas que têm que ser votadas nos próximos dias. O presidente Renan tem expressado o apoio do Senado em votações importantes, como aconteceu ontem na votação da repatriação. O Brasil não pode parar, o Brasil não pode esperar”, afirmou Levy.

O ministro da Fazenda também falou sobre o anúncio do rebaixamento da nota de crédito pela agência de classificação de risco Fitch, que tirou o grau de investimento do país. Para Joaquim Levy, é preciso defender o Brasil e o Congresso precisa votar as medidas necessárias do ajuste fiscal para enfrentar a crise. “Nós temos, inclusive em vista do rebaixamento [pela Fitch], nós temos que partir em defesa do Brasil. Temos que votar, tanto a Câmara como o Senado. Estive agora com o presidente Renan [Calheiros], ele está disposto a apoiar esse esforço, e eu acho que tem que ser um esforço de todos os brasileiros neste momento”, disse o ministro.

Renan Calheiros também comentou sobre o rebaixamento e disse que o país precisa priorizar o crescimento econômico. “Nós precisamos desamarrar os pés do Brasil, deixar o Brasil voltar a caminhar. O Brasil durante quase 50 anos foi o país que mais cresceu no mundo, ou seja, o crescimento econômico é a vocação do Brasil e nós temos que fazer o dever de casa”, enfatizou Renan.