Congresso mantem veto ao reajuste do judiciário

Depois de mais de três meses na pauta, deputados e senadores mantiveram na noite desta terça-feira (17), o veto 26/15, da presidente da República Dilma Rousseff, ao projeto de lei aprovado pelo Congresso que reajustava o salário de servidores do Poder Judiciário.
18/11/2015 09h54

 

Depois de mais de três meses na pauta, deputados e senadores mantiveram na noite desta terça-feira (17), o veto 26/15, da presidente da República Dilma Rousseff, ao projeto de lei aprovado pelo Congresso que reajustava o salário de servidores do Poder Judiciário. Foram 251 votos pela derrubada do veto, 6 a menos do que o necessário na Câmara dos Deputados. O veto ainda recebeu 132 votos favoráveis, além de 11 abstenções. Como o veto foi mantido na Câmara, não houve necessidade de votação pelos senadores.

Esse era um dos vetos que mais preocupava o governo, já que o impacto previsto com o reajuste poderia chegar a R$ 36 bilhões até 2019.
Numa sessão longa, que entrou pela noite, deputados e senadores mantiveram outros 7 vetos. A sessão foi suspensa logo após a votação do veto por conta de forte protesto de servidores do Judiciário.
Irritados com o resultado, parlamentares da oposição esvaziaram a sessão que foi encerrada por falta de quórum para deliberar. Havia 216 deputados presentes, quando o quórum mínimo era de 257. Ficou marcada para a manhã desta quarta-feira, (18) uma nova sessão do Congresso para finalizar as votações.

Veto salário mínimo
O Congresso ainda deverá analisar o veto da presidente Dilma Rousseff à extensão do reajuste do salário-mínimo, a todos os aposentados e pensionistas. A derrubada pode gerar um rombo de R$ 9 bilhões, segundo estimativas do Ministério do Planejamento. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) já anunciou que convocará o Congresso para concluir antes do início do recesso parlamentar, a votação de todas as matérias orçamentárias que estão na pauta, entre elas a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2016) e o projeto de lei orçamentária.