Centrais sindicais pedem a Renan rejeição das MPs 664 e 665

Representantes de quatro centrais sindicais pediram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a rejeição da Medida Provisória (MP) 664/2014 e 665/2014, que alteram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
12/05/2015 18h55

Representantes de quatro centrais sindicais pediram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a rejeição da Medida Provisória (MP) 664/2014 e 665/2014, que alteram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Renan ouviu os argumentos dos integrantes da Força Sindical, ConLutas, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), acompanhados do deputado federal Paulo Pereira (SSD-SP) e do senador Paulo Paim (PT-RS).

Representantes de quatro centrais sindicais pediram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a rejeição da Medida Provisória (MP) 664/2014 e 665/2014, que alteram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foto: Jonas Pereira

O presidente do Senado contou aos trabalhadores que conversou sobre uma agenda positiva para o setor produtivo do país durante a viagem para Joinville, na segunda-feira (11), quando participou do sepultamento do senador Luiz Henrique (PMDB-PR). “Presidente Dilma, temos de fazer um pacto. O Congresso Nacional está consciente e convencido de sua responsabilidade. Se temos na Lei de Diretrizes Orçamentárias uma meta para a inflação e para o superávit, porque não tratarmos nessa proposta, a manutenção dos empregos”, contou Renan.

Renan Calheiros voltou a criticar a maneira como o ajuste fiscal vem sendo conduzido. “É um ajuste trabalhista, e não fiscal como vem sendo anunciado. Precisamos ter a coragem de abstrair. De nos abrirmos, conversar, localizar o problema e dar uma solução. Não jogar o custo no trabalhador e sim estimular setores produtivos, que geram mão de obra”, disse.

O presidente do Senado também voltou a afirmar que embora defenda uma regulamentação para a terceirização, é contra liberar esse tipo de contratação para a área fim. “Isso precariza. Nesse atropelamento todo, corre-se o risco de fazer com que a gente cobre a conta de quem menos tem condições de pagá-la, que é o trabalhador”, lembrou Renan.

O presidente do Senado garantiu aos representantes dos trabalhadores que haverá ampla discussão sobre questões ligadas às categorias. Convidou as centrais para participar da sessão temática sobre terceirização, marcada para o próximo dia 19 e afirmou que as galerias estarão abertas para a sociedade quando o Plenário for votar propostas que tratem de direitos trabalhistas.