A lembrança do Holocausto é ainda hoje dramática, diz Renan

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado - Segunda-feira, 8 de Abril de 2013
08/04/2013 00h00

Sessão especial do Senado reverenciou, na manhã desta segunda-feira (8), a memória das vítimas do Holocausto e os 70 anos da insurreição dos judeus no Gueto de Varsóvia. A homenagem foi sugerida pelo 1º secretário da Casa, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que na justificativa afirmou ser o Holocausto uma marca trágica na consciência humana. "A memória deste terrível capítulo da historia mundial serve como poderoso alerta dos perigos que a discriminação, o preconceito, a intolerância, o ódio e o racismo representam para a civilização".

De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a história da insurreição do Gueto de Varsóvia, e de resto de toda a Segunda Grande Guerra, relata uma das páginas mais dramáticas da barbárie autoritária. "E o que é capaz o homem, em um extremo de maldade e selvageria, de intentar para o extermínio de um povo por ser diferente dele mesmo; e na outra ponta, a bravura, a coragem e resistência de quem se levanta diante tantas atrocidades", refletiu.

Renan Calheiros disse que o ato de resistência contra os nazistas, que já tinham levado ao campo de extermínio de Treblinka cerca de 310 mil judeus, foi uma tentativa sobre-humana de sobrevivência. "Inúmeras são as produções cinematográficas que nos mostram os horrores por que passaram...e creio que cada um de nós pode puxar da memória uma cena em especial, de desespero, de agonia e de sofrimento extremo de famílias inteiras serem arrastadas para os camburões que os levariam à morte", afirmou.

Segundo o presidente do Senado, muitas lições podem ser tiradas do episódio, pois o racismo não morreu e permanece sendo um grande desafio para todos os povos e nações. "A intolerância ainda continua viva e pode ser constatada em diversos aspectos de nossas vidas", afirmou.

"O Brasil é reconhecido mundialmente como um país que recebe de braços abertos os imigrantes que por aqui aportam. Não por outro motivo, nosso passaporte é o mais ambicionado por falsificadores, já que um brasileiro pode ter a cara de um indivíduo de qualquer etnia existente no mundo. Aqui se falam várias línguas. Aqui temos muitas gastronomias. Aqui se dançam diversos ritmos. Aqui professamos muitas religiões. Não deixemos, pois, que os nossos preconceitos transforme o Brasil em uma nação de intolerância, seja ela qual for: racial, cultural, regional, religiosa, de orientação sexual", acrescentou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

 

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