Renan propõe agenda para o crescimento do Brasil

"Quanto mais independente o Congresso estiver, mais ele vai poder colaborar com uma saída para o país" explicou Renan
11/08/2015 11h33

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu, no início da tarde desta segunda-feira (10), com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. Numa conversa longa na residência oficial do Senado, eles discutiram a criação de uma agenda suprapartidária de interesse nacional. A ideia é que o Congresso Nacional contribua com o governo na busca de soluções que apontem para a retomada do crescimento e o aumento da segurança jurídica.

Renan propõe agenda para o crescimento do Brasil . Foto: Jane de Araújo

“Foi uma conversa  na  procura de uma agenda harmônica, que aponte em relação ao futuro. É uma colaboração do Congresso Nacional, da isenção, da independência do Congresso. Quanto mais independente o Congresso estiver, mais ele vai poder colaborar com uma saída para o país”, explicou Renan na saída do encontro.

Desoneração

O presidente do Senado anunciou que vai reunir, nesta semana, os líderes partidários para definir as próximas votações no Senado. Entre os projetos na pauta do plenário, está o último item do ajuste fiscal, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 57/2015, que reonera a folha de pagamento de 56 setores da economia.

“Evidente que vamos apreciar todos os pontos do ajuste dentro dessa lógica da agenda. Nós já combinamos uma reunião de líderes amanhã (terça-feira). A pauta da semana será consequência  dessa conversa com os lideres partidários, e o ministro Levy vai dar um sinal com relação à colaboração que ele recebeu, de agenda para o país, harmônica e suprapartidária, com a isenção que nós sempre tivemos no Congresso”, destacou o presidente do Senado.

Renan propõe agenda para o crescimento do Brasil . Foto: Jane de Araújo

Agenda Brasil

Renan Calheiros explicou que a agenda proposta à equipe econômica vai tratar da reforma do Estado. Ele reafirmou que é imprescindível redefinir os termos da coalizão de apoio ao governo. O presidente do Senado enfatizou, ainda, a necessidade de se cortar ministérios.

“Eu acho que a agenda tem que tratar de tudo, da reforma do Estado, da coalizão, da sustentação congressual. Dentro da agenda, claro que há uma sugestão de reforma administrativa, não há como fazer ajuste fiscal sem cortar o tamanho do Estado, sem cortar a despesa pública, 39 ministérios é a mesma coisa que 1/39 avos do nada. O Brasil não pode ficar entregue a isso”, argumentou.

Veja aqui o quadro com os temas da Agenda Brasil. (Arquivo PDF)

União

Em relação à melhoria do cenário político, Renan Calheiros destacou que é preciso o diálogo e o respeito à independência dos Poderes. “Primeiro é fundamental que esse diálogo caminhe com total isenção e independência. Eu acho que quanto mais esse diálogo caminhar, mais o Legislativo irá colaborar com esse dramático momento que nós estamos vivendo”, disse.

Impeachment

O presidente do Senado também comentou sobre um eventual pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, além do julgamento das contas de Dilma pelo Congresso Nacional.  “Esse assunto não é prioridade, na medida em que o Congresso tornar esse assunto prioritário, nós estaremos pondo fogo no Brasil. E não é isso que a sociedade quer de nós”, alertou Renan.

Rodrigo Janot

Sobre a recondução do procurador-geral da República, Renan Calheiros informou que tão logo a indicação chegue ao Senado, Rodrigo Janot será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça  (CCJ) e sua indicação será submetida ao plenário da Casa.