21/12/2016

Corrupção, saúde e emprego são as maiores preocupações da população

A última edição da pesquisa O cidadão e o Senado, aplicada semestralmente pelo DataSenado, revela que a corrupção tem se mantido como o tema de principal preocupação dos brasileiros desde dezembro de 2015, mas a proporção de entrevistados que mencionou saúde aumentou em relação a levantamentos anteriores e se aproxima da primeira colocação. A preocupação com o emprego tem aumentado gradativamente, e, nesta última edição, superou a segurança pública como terceira maior preocupação.

Os resultados também indicam que os brasileiros estão menos interessados em política. Em comparação com resultados anteriores, houve aumentou de quase 10% dos que declararam não ter nenhum interesse por política. Esses números, no entanto, oscilam de acordo com o nível de renda e de escolaridade do entrevistado. Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos e os que têm nível superior, por exemplo, quase 50% disseram ter um interesse alto pelo tema.

A pesquisa traz também uma série histórica com a avaliação dos cidadãos sobre o Congresso Nacional e sobre o Senado, especificamente. Os números levantados na última edição indicam uma piora na avaliação das casas legislativas. Para 64% dos entrevistados, a atuação do Congresso é ruim ou péssima. Em relação ao Senado, um percentual menor avaliou mal a Casa: metade dos entrevistados consideram a atuação como ruim ou péssima.

Houve ainda uma redução do número de entrevistados que acreditam que o Congresso é importante para a democracia. Apesar de a maioria (57%) ainda avaliar que o Congresso é muito importante para a democracia, esse resultado é 8% menor do que o anterior. Da mesma forma, houve uma diminuição dos que creem que a democracia é sempre a melhor forma de governo. O resultado atual (62%) é 12 % menor do que o identificado em junho. Novamente, esse é um resultado que oscila de acordo com o nível de escolaridade do entrevistado. Quanto maior a escolaridade, maior a crença de que a democracia é sempre a melhor forma de governo.

Apesar desses números, houve um ligeiro aumento dos que declararam sentir-se representados pelos senadores de seus estados. Os percentuais de quem declarou sentir-se representado em parte ou não representado permaneceram estáveis.

Mais da metade dos brasileiros avalia que sua sensação de bem-estar e sua condição econômica pioraram nos últimos seis meses. Essa é uma avaliação que tem permanecido estável desde junho de 2015, quando o percentual de entrevistados que declarou que houve uma piora desses fatores superou os que consideravam que havia permanecido igual.

Quando perguntados sobre como acham que sua condição econômica vai estar no futuro próximo, os entrevistados mostram-se divididos. A maioria acredita que ela irá melhorar, mas um percentual próximo afirma, em sentido contrário, que a condição econômica nos próximos seis meses irá piorar.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 14 de dezembro e 1.109 cidadãos foram ouvidos por meio de entrevistas telefônicas. A amostra é composta por habitantes de todos os estados da federação.