Estrutura e investimento para prática de esportes paralímpicos no Brasil continuam insuficientes mesmo após país sediar Paralimpíada, avaliam paratletas

Grande vitrine do esporte praticado por pessoas com deficiência, a Paralimpíada Rio 2016 aumentou o interesse do brasileiro por modalidades adaptadas e levou mais pessoas a superar limitações físicas e praticar esportes. Essa impressão é compartilhada por mais da metade dos 607 paratletas ouvidos na pesquisa “Paratletas e o Esporte Paralímpico no Brasil”, realizada pelo DataSenado em parceria com o gabinete do Senado Romário (PODE/RJ).
27/03/2018 11h55

Grande vitrine do esporte praticado por pessoas com deficiência, a Paralimpíada Rio 2016 aumentou o interesse do brasileiro por modalidades adaptadas e levou mais pessoas a superar limitações físicas e praticar esportes. Essa impressão é compartilhada por mais da metade dos 607 paratletas ouvidos na pesquisa “Paratletas e o Esporte Paralímpico no Brasil”, realizada pelo DataSenado em parceria com o gabinete do Senado Romário (PODE/RJ).

O maior engajamento, no entanto, não foi acompanhado pela percepção de aumento de recursos governamentais para o setor. Segundo 88% dos entrevistados, os investimentos no esporte paralímpico no Brasil ainda são insuficientes. A quantidade de espaços para a prática de esportes adaptados é ruim ou péssima para 44% e regular para 31% dos paratletas ouvidos. Já a qualidade das instalações disponíveis é ruim ou péssima para 31% e regular para 28%.

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Investimentos governamentais são considerados importantes tanto para garantir a infraestrutura para a prática esportiva quanto para patrocinar atletas. Entre os entrevistados, 45% afirmaram receber o Bolsa Atleta, 16% se beneficiam da Lei de Incentivo ao Esporte e 15% têm patrocínio de empresas estatais.

Já com relação ao evento mundial, 94% dos paratletas ouvidos o avaliaram como ótimo ou bom. O nível de satisfação se manteve em relação a aspectos como acessibilidade, transporte e qualidade da alimentação e das acomodações durante os jogos.

A pesquisa foi realizada entre 19 e 29 de dezembro de 2017. Esta é a segunda rodada de entrevistas para ouvir a opinião de paratletas sobre a Paralimpíada sediada no Rio de Janeiro em setembro de 2016 e o esporte paralímpico no Brasil. A maior parte das perguntas fez parte do questionário aplicado na primeira rodada, realizada dois meses antes do evento. Por isso, os resultados permitem estabelecer uma comparação relevante entre dois momentos distintos.