01/09/2016

Paratletas revelam otimismo com a Paralimpíada do Rio

Paratletas revelam otimismo com a Paralimpíada do Rio

Pesquisa do Instituto DataSenado revela que os paratletas brasileiros estão muito otimistas em relação à Paralimpíada no Rio de Janeiro – 95% dos entrevistados acreditam que o evento vai incentivar a pratica de esportes das pessoas com deficiência. 62% confiam que o Brasil estará entres os três primeiros no quadro geral de medalhas.

A maioria dos pesquisados (44%) considerou que a realização da Paralimpíada no Rio fez aumentar os investimentos no esporte paralimpíco no Brasil. Em contrapartida, também 44% avaliaram que, passado o evento, os investimentos vão diminuir. 76% dos pesquisados que já sofreram preconceito acham que ele é mais forte nas ruas.

Primeira do gênero no país, a pesquisa do DataSenado ouviu 888 pessoas – 82% atletas na ativa e 18% ex-atletas. Entre os paratletas em atividade, 89 (12%) declararam que irão participar da Paralimpíada do Rio, que acontecerá em setembro, dos dias 7 a 18.

Otimistas em relação ao evento no Brasil, os paratletas avaliaram que, no Rio, além da melhor posição no quadro geral de medalhas, também a organização será melhor do que da última Paralimpíada que participaram – Londres/2012 -, particularmente nos itens: atuação da equipe de apoio, acessibilidade nos alojamentos, transporte dos atletas e acessibilidade nos locais de competição.

Além da queixa de pouco espaço na mídia, falta de investimentos, dificuldade de patrocínio, número insuficiente de técnicos e de ginásios devidamente apropriados foram as principais dificuldades apontadas pelos paratletas.

O setor público apareceu como o maior investidor, no Brasil, dos esportes paralímpicos. Conhecida por 95% dos pesquisados, a Bolsa Atleta foi indicada como a principal fonte de recursos para o setor, financiando 41% dos paratletas em atividade. A Lei de Incentivo ao Esporte apareceu na segunda posição, com 20% de beneficiários.

Os homens são majoritários entre os paratletas brasileiros (72%), que estão concentrados na faixa etária dos 20 aos 39 anos (60%). Também a maioria tem deficiência física (70%), ensino médio completo (53%), renda até dois salários mínimos (59%) e, entre os que ainda treinam, 67% vive exclusivamente do esporte. E 49% deles não praticavam esportes antes da deficiência.

A pesquisa telefônica do DataSenado foi realizada em todos os Estados brasileiros e no DF, de 14 a 20 de julho, em parceria com o Gabinete do Senador Romário (PSB/RJ) e colaboração do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Desempenho do Brasil em Londres

Em Londres, com a sétima posição no quadro geral de medalhas, o Brasil teve o melhor desempenho na história de participação nos Jogos Paralímpicos. Foram 21 ouros – 9 na natação -, 14 pratas e 8 bronzes. A China, com 95 medalhas, foi a primeira. A Rússia, com 35, foi a segunda. E, com 31, os Estados Unidos foram o sexto no quadro de medalhas.