Senado inicia terceira fase de campanha contra assédio sexual e moral no trabalho

21/11/2019 15h20

Teve início, nesta quarta-feira (20), a terceira fase da campanha educativa contra o assédio moral e sexual no trabalho. Neste momento da ação, serão veiculados vídeos com senadores e colaboradores da Casa alertando sobre a importância do combate e prevenção do problema.

O primeiro vídeo divulgado é o da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), procuradora da Mulher no Senado. Durante cerca de 1 minuto, a parlamentar ressaltou que qualquer tipo de assédio deve ser combatido e jamais ignorado, compartilhado e incentivado. Os demais vídeos serão publicados a cada dois dias, na Intranet, e a previsão é que o último seja veiculado em 4 de dezembro.

Segundo a diretora-geral, Ilana Trombka, que também estará presente em um dos vídeos, a terceira fase da campanha representa a consolidação de todas as atividades desenvolvidas ao longo do ano.

— Muito importante  pautar também o diálogo e o depoimento dos senadores, principalmente aqueles que têm atividades vinculadas às questões de assédio e de combate à violência, como a Procuradoria da Mulher, a Comissão Mista de Combate à Violência, a Comissão de Direitos Humanos do Senado e a própria Primeira-Secretaria, que é o órgão administrativo que nos dá suporte sobre toda essa temática.

Ilana destacou ainda o amadurecimento da Casa na discussão sobre o tema e afirmou que a educação dos colaboradores foi o fator que consolidou a criação de um espaço livre de qualquer tipo de assédio.

— A terceira etapa da campanha é para que a gente sempre lembre que criar um espaço respeitoso e livre de qualquer tipo de assédio é uma missão de todos nós — disse.

 

A campanha é uma iniciativa da DGer, e a produção dos vídeos ficou a cargo da Coordenação de Publicidade e Marketing, vinculada à Secretaria de Relações Públicas, Publicidade e Marketing, e da Secretaria TV Senado.

Focos distintos

Dalva Moura, do Comitê Permanente para a Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, explica que as três fases da ação tiveram abordagens distintas: a primeira teve um caráter mais informativo, a segunda mais combativo e, a fase atual, terá um foco mais preventivo.

— Haverá um cronograma no próximo ano, que estamos elaborando, com o planejamento da manutenção da campanha. Acho que tivemos um belo trabalho ao longo do ano. Prova disso é que estamos sendo solicitados por várias instituições para que a gente compartilhe os detalhes da campanha que fizemos aqui — destacou.

Acolhimento

Os casos podem ser levados ao conhecimento do Serviço de Saúde Ocupacional e Qualidade de Vida no Trabalho (SesoQVT) antes de serem, eventualmente, apresentados à Polícia do Senado. O colaborador será ouvido e orientado pelas psicólogas e assistentes sociais do Serviço sobre o que fazer, e a agressão será tratada com sigilo.

— Tentamos dar possíveis soluções para as vítimas, sempre de acordo com o que ela autorizar e respeitando o sigilo. Também temos procurado dar algum apoio para os gestores que nos procuram, tirando dúvidas, educando e mostrando como tratar isso na equipe — explicou Marina de Andrade Vahle, chefe do SesoQVT.

As vítimas de assédio ou quem tiver interesse em tirar dúvidas sobre o assunto podem ligar para o ramal 1346 ou 4629 e marcar um horário com um profissional para conversar sobre o caso. Outra possibilidade é enviar e-mail para sesoqvt@senado.leg.br.

Denúncias oficiais

Já a missão de receber oficialmente as denúncias de assédio moral e sexual na Casa é da Polícia do Senado. Cabe à unidade investigar os casos. É possível, inclusive, que testemunhas façam a denúncia e permaneçam anônimas.

Após as investigações, se os autores do caso forem identificados e o ilícito confirmado, o caso é encaminhado para outras instâncias: para a Justiça, se for questão criminal, e à Administração da Casa para as providências administrativas.

Ativismo pelo fim da violência contra a mulher

O início da terceira fase da campanha no Senado acontece no mesmo dia que tem início a campanha mundial "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", cujo objetivo é alertar e instruir sobre a importância do enfrentamento da violência contra as mulheres. A agenda concentra ações educativas nas escolas, instituições de ensino superior, abordagens públicas e ações nas comunidades.