Bate-papo aborda alimentação saudável e prevenção do câncer de mama

15/10/2022 21h30

Nesta sexta-feira, 14 de outubro, no Plenário 6 da Ala Nilo Coelho, cerca de 80 servidoras terceirizadas do Senado Federal participaram de bate-papo com um mastologista e uma nutricionista do Serviço de Saúde Ocupacional e Qualidade de Vida no Trabalho do Senado, no mês da conscientização sobre o câncer de mama, em atividade da programação da Campanha do Outubro Rosa ao longo do Congresso Nacional.

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O dr. Martinho Candido de Albuquerque dos Santos, mastologista, fez um breve histórico da campanha. Hoje marcada pelo símbolo do lacinho rosa, a campanha começou em 1985, nos Estados Unidos, ganhou corpo com uma corrida de rua em 1991, em Nova York, e começou a ser comemorada no Brasil em 2008.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer destacados pelo mastologista, o câncer de mama é o campeão em mortalidade, aspecto que faz crucial a disseminação de informação de qualidade para sua prevenção e detecção precoce. O dr. Martinho mostrou diagramas da mama e da região da glândula mamária onde se instalam os nódulos do câncer.

Os chamados “nódulos” podem ser sentidos pelo autoexame da mama, embora o ideal é que sejam detectados até antes de poderem ser sentidos pelo toque, no rastreamento que se faz com as mamografias. Este ano, 80 servidoras terceirizadas do Senado fizeram o exame possibilitado pela parceria entre o Senado e o Sesc e outras 50 realizarão o exame no Departamento Médico da Câmara.

Fatores de risco

O exame mamográfico é recomendado para as mulheres após os 50 anos – mas pode ser iniciado aos 40 por recomendação médica. O envelhecimento é incluído num primeiro grupo de fatores de risco da doença que têm a ver com fatos da biografia e da trajetória de vida que não podem ser escolhidos ou controlados pela mulher, como o próprio histórico de câncer na família, a menarca precoce, a menopausa tardia, ter mamas densas, e o próprio fato de ter nascido mulher, já que este tipo de câncer acomete uma parcela ínfima de homens.

Um segundo grupo de fatores de risco, destaca o dr. Martinho, pode ser controlado pelas mulheres, pois têm a ver com comportamentos e decisões presentes no consumo excessivo de álcool, no sobrepeso ou na obesidade, no sedentarismo, no histórico reprodutivo, na realização da amamentação e no uso de hormônios.

Entre as escolhas sábias se incluem as decisões alimentares, abordadas pela nutricionista Thais Castro Paixão com base no Guia Alimentar para a População Brasileira. A profissional destacou quatro conjuntos de alimentos situados entre os que mais se aproximam dos produtos do campo, minimamente manipulados, e os que são mais manipulados – ou “processados” – pela indústria.

Alimentação saudável

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Esses quatro grupos correspondem (1) aos alimentos “in natura”; (2) aos alimentos minimamente processados (como o feijão que é tirado da vagem); (3) aos alimentos processados, com presença de sal e açúcar para garantir sua conservação; e (4) aos alimentos ultraprocessados, que incluem em sua composição uma série de aditivos que acentuam sabor, aroma, crocância etc., entre outras características que são valorizadas para aumentar a venda dos alimentos, sem preocupação maior com a saúde da população consumidora.

“Não é preciso complicar para ter uma alimentação saudável”, disse Thais. Ela deu o exemplo de uma série de cardápios possíveis para café-da-manhã, almoço, lanche e jantar compostos sem a presença de alimentos ultraprocessados.

As servidoras terceirizadas participaram bastante do bate-papo, com muitas perguntas sobre os hormônios presentes em determinados anticoncepcionais de uso oral, sobre métodos anticoncepcionais sem hormônios, como o DIU de cobre, sobre sintomas do câncer de mama masculino – muito raro e que não se confunde com a o crescimento das mamas (chamado ginecomastia) na adolescência e na velhice e também se pronunciaram sobre a precariedade do atendimento no sistema de saúde brasileiro.

 

 

 

Uma das organizadoras do evento, a Procuradoria Especial da Mulher do Senado distribuiu a Cartilha Saúde da Mulher, cuja versão digital pode ser lida neste link:

Cartilha Saúde da Mulher

https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/proc-publicacoes/cartilha-saude-da-mulher-2022

 

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