Cartões Colecionáveis
1. “Ato de assinatura do Projeto da 1ª Constituição”
A pintura ilustra a assinatura, em 24 de fevereiro de 1891, do projeto da segunda Constituição do Brasil, a primeira da República. A obra foi um presente da Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro, em homenagem à primeira Carta Magna republicana do Brasil. De autoria de Gustavo Hastoy, a pintura de 2,90m de altura x 4,41m de largura, foi confeccionada em óleo sobre tela, com moldura em ouro e toda revestida em cedro e entalhada em formato de folhagens.
2. Urnas de Votação
As duas urnas em prata de 40 cm de altura e desenhados em alto relevo eram as utilizadas pelos senadores desde as primeiras reuniões do Senado, em 1826, até a década de 1930, quando foram substituídas por urnas mais simples, de madeira. Atualmente, a votação é por meio de painel eletrônico e pode ser também realizada virtualmente.
3. Galeria de presidentes do Senado
Inaugurada em 2005, é uma verdadeira linha do tempo com pinturas a óleo de todos os presidentes do Senado desde o Império até os dias atuais. A galeria é dividida em dois períodos distintos: o Senado Imperial (1826-1889) e o Senado Republicano.
4. O Sono de Narciso
Adquirida pelo Senado em 1971, a estátua foi inspirada na escultura O Pensador, uma das mais famosas obras do escultor francês Auguste Rodin. Ambas as peças retratam um homem em posição de meditação.
Da belga Claire Jeanne Roberte Colinet. Na primeira metade do século passado, Colinet ficou reconhecida internacionalmente pela confecção de esculturas pequenas, esculpidas em bronze e marfim, e, em geral, musculosas, dramáticas e em movimento. Na mitologia grega, Narciso era tão belo e tão vaidoso que, após desprezar inúmeras pretendentes, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo. Morreu de fome e sede à beira da fonte de água onde via sua imagem refletida.
5. Clóvis, o Guerreiro
Clóvis foi um rei Franco da dinastia Merovíngia. Reinou do ano 481 ao 511. É considerado o fundador da França, porque foi o primeiro rei a unir as diferentes tribos francas sob um único governante.
A nudez de Clóvis indica que ele era rei de um dos povos bárbaros que habitavam a Europa fora do Império Romano, e os cães revelam a sua condição de guerreiro. Mas, Clóvis se converteu ao cristianismo.
O corpo dele está sepultado na Basílica de Santo Daime, em Paris.
A obra pertence ao acervo do Senado desde a primeira sede da instituição, no Palácio Conde dos Arcos, no Rio de Janeiro (1824 a 1924).
6. O Lago dos Peixes
A franco-brasileira Marianne Peretti, autora dos principais vitrais da Capital da República.
Em Brasília, as obras de Marianne estão em vários lugares: Senado e Câmara Federal, Memorial Juscelino Kubitschek, Palácio do Jaburu, Teatro Nacional, Superior Tribunal da Justiça, Panteão da Liberdade e Catedral de Brasília. As obras da artista estão localizadas em diversos países como, por exemplo, as esculturas de pássaros em Havre, na França, e os vitrais de Mandadori, em Milão, Itália. Foi durante seu trabalho de composição de Brasília que começou a se destacar pelos enormes vitrais, sendo considerada, por muitos, como a principal vitralista do Brasil.
7. (Sem Título)
Ao fundo do Salão Nobre há um enorme painel vermelho. A obra, de 1978, separa dois ambientes do Museu do Senado. De autoria de Athos Bulcão, o painel é todo esculpido em madeira e figuras geométricas. O Congresso Nacional tem 15 obras do artista, oito delas no Senado.
Athos Bulcão (1918-2008) foi um renomado pintor, escultor e arquiteto brasileiro, conhecido especialmente pelos painéis de azulejos. Foi um dos principais colaboradores de Niemeyer nos projetos de construção de Brasília.
Outras obras do autor estão no Senado, com destaque para o teto do plenário, com as 135 mil placas metálicas na cor dourada fixadas na cúpula. Além de embelezar o ambiente, as placas também quebram a luz e melhoram a repercussão e o volume do som do plenário.
8. Busto da Princesa Isabel
Filha de D. Pedro II, Isabel, conhecida como a “Princesa imperial do Brasil”, teve participação marcante na história do país. Mesmo sem jamais ter exercido o cargo de senadora, ela é considerada, simbolicamente, a primeira mulher senadora do Brasil. Isso, porque a Constituição de 1824 determinava que, ao completarem 25 anos, os príncipes regentes se tornariam, por titulação, senadores da República.
Três vezes regente do Brasil em substituição a seu pai, Isabel foi a primeira mulher a assumir a chefia de Estado no Continente Americano. Na terceira regência, assinou a Lei Áurea, pondo um fim ao regime escravocrata no Brasil. Há projetos de reconhecimento da importância da Princesa Isabel tramitando no Congresso Nacional. Um deles sugere a inserção de seu nome no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
9. Tinteiro - Escrivaninha
Tinteiro de bronze que era utilizado pelos presidentes do Senado e ficava sobre a mesa diretora. Possui dois sinos, com toques diferentes, que serviam para chamar à votação ou pedir silêncio. O recipiente para a tinta era feito a partir de um bloco maciço de cristal de rocha. A peça é decorada com o Brasão do Império. A imagem ao centro é de Demóstenes, famoso político e orador grego. Logo abaixo, a palavra “Senado” personaliza a peça.
10. Busto de D. Pedro I
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga foi segundo monarca do Império Brasileiro, sucessor de seu pai, D. Pedro I. Nascido no Rio de Janeiro, em 1825, foi imperador por 58 anos. Dos cinco aos 14 anos, quando foi emancipado para se tornar monarca, teve poucos amigos e momentos de lazer. Passou a maior parte desses nove anos estudando e sendo preparado para reinar. Com a decretação da República, em 1889, seguiu para o exílio, na Europa, onde morreu dois anos depois.
11. Busto de Juscelino Kubitschek
Juscelino Kubitschek de Oliveira, foi médico, oficial da Polícia Militar mineira e político brasileiro. Na política, foi prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais, deputado federal, senador e o 21.º presidente da Brasil, entre os anos de 1956 e 1961. Sua gestão como presidente foi marcada por um período de grande desenvolvimento econômico.
12. Plenário Imperial do Senado
O Plenarinho, nome como é mais conhecido o antigo plenário imperial do Senado, foi utilizado pelos senadores. Foi confeccionado para a primeira sede do Senado, no Rio de Janeiro: o Palácio Conde dos Arcos (1826 a 1925). Também foi utilizado pelos senadores na segunda sede do Senado, o Palácio Monroe, entre 1925 a 1960.
Com a construção de um plenário mais moderno para a nova Capital da República, o plenarinho passou a fazer parte do acervo do Senado.
Composto por cadeiras, urnas de votação e microfones, entre outras peças, o conjunto mobiliário, em madeira jacarandá e metal, foi confeccionado por presidiários da Penitenciária do Rio de Janeiro, em 1867.
13. Congresso Nacional
A rampa de mármore da área externa ao Congresso Nacional dá acesso ao Salão Negro, entrada principal do Congresso Nacional e onde são realizadas as solenidades oficiais do Palácio. A cor negra do piso deu nome ao salão, que, a parede do fundo, ostenta um enorme painel em granito negro e mármore branco, de Athos Bulcão. Uma tapeçaria de Burle Marx, instalada na parede que dá acesso ao Museu do Senado, é outra obra de destaque do Salão.
14. Palácio do Congresso Nacional
Inaugurado em 1960, o Congresso Nacional foi o primeiro prédio a abrigar, em um só edifício, as duas casas do Parlamento brasileiro: o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Um dos mais famosos cartões postais do Brasil, o Congresso Nacional está situado no Eixo Monumental, famosa avenida onde se situa a Esplanada dos Ministérios.
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Palácio ocupa está localizado na Praça dos Três Poderes, onde fica também as sedes dos poderes Executivo e Judiciário. O edifício principal do Congresso Nacional, composto por duas torres de 28 andares, abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Abaixo da cúpula menor, voltada para baixo, fica o plenário do Senado. A instituição é composta por 81 senadores, três representantes de cada uma das 27 unidades federativas do Brasil (26 estados mais o Distrito Federal). Na cúpula maior, voltada para cima, está o plenário da Câmara, a casa do povo, composta por 513 deputados federais eleitos com base na quantidade de habitantes por unidade da Federação, com número mínimo de oito e máximo de 70 representantes por estado.
15. Tapeçaria de Burle Marx (1973)
A tapeçaria em algodão, de 3,28m de altura por 4,83m de largura; exposta na parede do Salão Negro, na entrada do Museu do Senado, data de 1973. Bordada em formas irregulares e assimétricas, em várias tonalidades em que predominam as cores verde, branco, preto, azul, marrom e cinza, a tapeçaria é assinada por Burle Marx, que tem outras três obras no Senado Federal.
16. Palácio Monroe
O Senado Federal teve três sedes desde a sua criação, em 1824. O Palácio Monroe foi a segunda delas. A construção foi projetada em 1904 como pavilhão brasileiro na Exposição Universal de Saint Louis (EUA), onde recebeu a medalha de ouro como a mais bela edificação do evento.
Em 1906, o prédio foi remontado no Rio de Janeiro e utilizado como espaço de exposições até 1914, ano em que recebeu o nome de Monroe, em homenagem ao ex-presidente norte-americano James Monroe. Antes de ser destinado ao Senado, o imóvel foi sede da Câmara dos Deputados, entre os anos de 1914 a 1923. De 1925 a 1960, o Palácio abrigou o Senado Federal até a inauguração do Congresso Nacional.
Após a transferência do Senado para Brasília, o Monroe foi gradualmente desocupado, até ser totalmente demolido, em 1976.
17. Busto de D. Pedro II
D. Pedro II, apelidado de “o Magnânimo”, foi o segundo e último imperador do Brasil, reinando por 58 anos (1831 a 1889). Filho de Pedro I e Maria Leopoldina, nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de dezembro de 1825. Tinha apenas cinco anos quando da abdicação de seu pai.
Proclamado maior de idade precocemente aos 14 anos, seu governo foi marcado por vitórias em conflitos internacionais e estabilidade política.
Erudito, Pedro II foi um grande patrono das artes e ciências, respeitado por figuras como Graham Bell, Charles Darwin e Friedrich Nietzsche, e amigo de Richard Wagner e Louis Pasteur.
Após a deposição, viveu exilado na Europa, até sua morte, em 1891. Anos mais tarde, seus restos mortais foram repatriados com honras. Foi sepultado no Mausoléu Imperial na Catedral de S. Pedro de Alcântara, em Petrópolis/RJ, Brasil.
18. Palácio Conde dos Arcos
Em 1824, o imperador Dom Pedro I comprou o palácio Conde dos Arcos para instalação do Senado, que lá funcionou entre os anos de 1826 a 1924. Após a desocupação, o prédio abrigou várias instituições públicas e, atualmente, é a sede da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
19. Cadeira Luís XVI
Cadeira imperial em estilo Luís XVI foi construída em 1867, pelos presidiários da Penitenciária do Rio de Janeiro. Ficava na Mesa diretora dos trabalhos do Senado e era utilizada pelos presidentes, vice presidentes e secretários da Casa. Confeccionada em madeira de jacarandá, com braços e pernas talhadas e assento de couro com pregaria prateada.
As cadeiras imperiais foram confeccionadas especificamente para o plenário do Palácio Conde dos Arcos, a primeira sede do Senado Federal, entre os anos
de 1826 a 1924. Também foram utilizadas na segunda sede do Senado, o Palácio Monroe, entre os anos de 1925 a 1960.
20. Mulher Nua
Mulher Nua é o nome dessa escultura em bronze confeccionada exclusivamente para o Senado, em 1970. Com dimensões de 1,50m x 47cm x 35 cm, a obra mostra uma mulher, com formas curvilíneas e arredondadas. A escultura é do artista modernista Alfredo Ceschiatti, que ficou conhecido como o principal escultor da construção de Brasília, por ter sido um dos mais íntimos colaboradores de Oscar Niemeyer em vários projetos de integração entre arte e arquitetura para a Capital da República.
21. Criança e Paz
A Escultura Criança e Paz foi criada em reconhecimento à prioridade dada pelo Congresso Nacional a crianças e adolescentes na Constituição Federal de 1988. A peça, com medidas de 80 cm x de altura, por 40cm de largura e 25cm de profundidade, foi confeccionada em ouro folheado e bronze.
Ela retrata duas mãos na posição vertical, soltando uma pomba que, com as asas abertas, simboliza a liberdade. Foram duas peças doadas, em 1989, pela Organização das Nações Unidas (Unicef): uma para o Senado e outra para a Câmara dos Deputados.
Produzida pelo escultor espanhol radicado no Brasil José Ignácio Espinosa Guerra, a escultura possui um formato texturizado que dá a impressão de movimento.
22. Luminária
Essa escultura de uma figura feminina está com os dois braços estendidos para cima da cabeça, segurando um objeto com várias pontas e, em algumas delas, há caixas de luzes em formato esférico, com três delas apontadas para cima e outras cinco apontadas para baixo, formando um círculo. Levemente inclinada para a direita, a cabeça da escultura possui um adorno no cabelo, que segue até abaixo dos seios, onde é preso. A figura está com o dorso nu, mas com um pano ao redor da cintura. Na parte de baixo há uma estrutura em madeira entalhada, no formato de um animal.
23. Lustre
No teto do Museu do Senado existem dois Lustres em cristal pertencentes ao palácio Monroe, segunda sede do Senado Federal, de 1925 a 1960. A obra reflete a sofisticação arquitetônica daquele palácio.
24. Cinquentenário do 1º voo mais pesado que o ar de 1956
Essa estatueta em bronze representa Ícaro, figura mitológica que foge, com seu pai Dédalo, do labirinto do Minotauro. Para a fuga, Dédalo construiu dois pares de asas, mas avisou seu filho para não se aproximar do sol. Ícaro desobedeceu e, com a proximidade do astro, a estrutura da asa se derreteu, causando a sua morte, ao cair no mar. Na escultura, Ícaro aparece levantado, com os braços estendidos para trás, em posição de voo e apoiado sobre uma base produzida em cobre. As duas asas estão presas ao corpo por faixas que atravessam o peitoral e os braços. Nas laterais da base de bronze há dois baixos-relevos: um na lateral esquerda, com cena do voo do 14 bis, o primeiro avião mais pesado que o ar. No relevo da lateral direita aparece o perfil do rosto do brasileiro Santos Dumont, o inventor do 14 bis.
A estatueta com a base em mármore e formato geométrico retangular foi trazida do Palácio Monroe, a segunda sede do Senado Federal, entre os anos de 1925 a 1960. Foi confeccionada em comemoração ao cinquentenário do 1º voo mais pesado que o ar.