Visita técnica marca atividades no dia em que Museu completou 30 anos

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Funcionários dos Museus do Senado e da República durante a visita ao laboratório

 

No último dia 1º de julho, data em que completou 30 anos, o Museu do Senado recebeu representantes do Museu Nacional da República. Técnicos das duas instituições discutem no momento a renovação de um acordo de cooperação técnica cuja vigência terminará em setembro.

Liderados pela diretora do Museu da República, Sara Seilert, eles visitaram toda a estrutura física do Museu do Senado, que inclui a área destinada à visitação pública, no prédio principal; o laboratório, onde são realizados serviços de restauração e higienização de peças históricas e artísticas; e a reserva técnica, que abriga aquela parte de um acervo que abrange no total mais de 1 mil itens. Em sua maior parte, eles se integram às instalações do Senado, estando visíveis em salões, corredores e gabinetes parlamentares.

Criado em 1º de julho de 1991 pelo então presidente do Senado, Mauro Benevides, o Museu do Senado nasceu com o propósito de “coletar, pesquisar, preservar e divulgar os testemunhos da história do Senado Federal”, conforme estabeleceu a Resolução 26/1991, que o criou.

Durante muito tempo a sua estrutura administrativa se restringiu a um pequeno grupo de servidores, empenhados principalmente em catalogar e preservar um acervo inestimável. Além de objetos históricos de grande valor, vários deles trazidos das sedes anteriores do Senado no Rio de Janeiro (os palácios Monroe e do Conde dos Arcos), ele reúne centenas de obras artísticas, de autoria de alguns dos principais nomes da arte brasileira.

Em julho de 2012, passou a se chamar “Museu Histórico Senador Itamar Franco”, em homenagem ao senador que, ainda em 1976, propôs pela primeira vez a criação de uma unidade museológica para preservar e divulgar a memória do Senado. Em dezembro de 2018, ganhou status de coordenação – a Coordenação de Museu (COMUS), que é vinculada à Secretaria de Gestão de Informação e de Documentação do Senado (SGIDOC).

Cooperação

Já o Museu da República, inaugurado em 2006, é reconhecido pelo original formato semi-esférico saído da imaginação do arquiteto Oscar Niemeyer, que o coloca em destaque no Eixo Monumental, uma das principais vias de Brasília. Com cerca de 1,4 mil obras, que datam desde meados do século XX até os dias atuais, é um museu de arte, administrado pelo governo do Distrito Federal.

Sara Seilert, diretora do Museu da República, destaca a importância da visita e da cooperação entre instituições museológicas: “Foi muito boa a visita. Parcerias técnicas e trocas de experiências são uma forma de fortalecer a atuação dos museus públicos”.

O acordo de cooperação prestes a expirar possibilitou à COMUS contar com o apoio do Museu da República na curadoria de exposições e no desenvolvimento de um projeto-piloto para precificação de obras de arte. Em contrapartida, o Senado imprimiu catálogos de arte e realizou várias atividades conjuntas com o Museu da República.

Alan Silva, coordenador da COMUS, explica que ainda estão sendo discutidos os termos do novo acordo de cooperação. Mas é certo, adiantou, que eles incluirão a possibilidade de compartilhar os arquivos digitalizados dos dois acervos: “Mas também devemos renovar os termos anteriores em relação a questões como troca de informações e realização de cursos e treinamentos. No passado, quando ainda não existia a COMUS, tínhamos mais a receber do que a dar. Evoluímos desde então e essa troca poderá ser feita agora no mesmo patamar colaborativo”.

Centro Cultural

Os representantes do Museu da República também visitaram o imóvel na L4 Norte que servirá de sede ao futuro Centro Cultural dos Poderes da União (CCPU). A área, onde já funcionou o Clube dos Servidores, tem mais de 80 mil metros quadrados e foi cedida ao Senado pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) sob o compromisso de que nela seja edificado um centro de memória mantido pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.