Vídeo mostra as obras e a importância de Fayga Ostrower

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09/11/2021 19h30

Fayga em seu ateliê, no Rio de Janeiro

Fayga em seu ateliê, no Rio de Janeiro


Obras de Fayga Ostrower integram o acervo de alguns dos principais museus de arte do mundo, como o Moma, de Nova York, o Victoria and Albert Museum, em Londres, e muitos outros.

Também fazem parte de coleções privadas importantes e de muitas instituições públicas do país. No acervo permanente do Museu do Senado, são ao todo 63 gravuras, 26 delas doadas pelo Instituto Fayga Ostrower em 2020, ano em que a artista completou o centenário de nascimento. Com o vídeo “Fayga Ostrower no Museu do Senado”, a Coordenação de Museu do Senado Federal (COMUS) dá maior visibilidade a esses trabalhos, ao mesmo tempo em que mostra a importância de Fayga para a arte brasileira. Veja o vídeo agora:

 

“Ela faz a forma flutuar”, disse certa vez sobre Fayga o poeta Carlos Drummond de Andrade, destacando uma das características centrais da sua contribuição estética: a capacidade de explorar formas, cores, texturas e luzes de modo a expandir as possibilidades de percepção de quem observa. “Sua arte vibra”, resumiu o curador Carlos Martins ao assinar o catálogo de uma importante retrospectiva da artista. “Abra os olhos e ouça”, aconselhava Martins.

Ferreira Gullar, poeta e crítico de arte, escreveu que as obras de Fayga Ostrower “são criações de rara beleza e expressividade, mas, sobretudo, manifestação de uma tal maestria e talento que só se encontra nas grandes obras de arte”. Outro importante crítico, Olívio Tavares de Araújo, publicou: “Para a minha geração, o simples nome de Fayga Ostrower provoca um sentimento de plenitude, porque está associado a muitas vivências belas e insubstituíveis”.

 

Polonesa de nascimento, via-se e era vista como brasileira, pois foi no Brasil que viveu desde os 13 anos de idade, conheceu e se casou com o alemão Heinz, de quem tomou emprestado o sobrenome, e construiu uma carreira única. Reconhecida internacionalmente como grande gravurista, foi também pintora, desenhista, ilustradora, ceramista, pesquisadora, escritora, teórica de arte e professora.

Sua escolha pela gravura tinha o anunciado propósito de contribuir para tornar a arte mais acessível às pessoas. A mesma razão invocada agora pela filha Noni Ostrower, presidente do instituto mantido pela família, para ter doado desde 2020 a diversas instituições públicas 1.690 obras da artista, além de 1.592 publicações (como livros e catálogos) e 210 matrizes de gravação.

Doar foi também uma forma de contornar as dificuldades de zelar por um acervo que, mesmo valiosíssimo, vem sendo cuidado pela família sem patrocínio privado e sem apoio governamental.

Assista o vídeo “Fayga Ostrower no Museu do Senado”

Veja outros vídeos do Museu: https://www.youtube.com/playlist?list=PLLLnytnGoqiafAQmK29jqRbyDNec1x3P5