20/07/2016

Maioria dos internautas conhece mulheres agredidas e vê aumento dessa violência

Mais da metade dos internautas (61%) têm a percepção de que a violência contra a mulher aumentou nos últimos 12 meses. A maioria (61%) também revela conhecer alguém que tenha sido vítima desse tipo de violência.

Esses índices são o resultado da enquete sobre violência contra mulheres realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com a Agência Senado, de 16 de junho a 17 de julho deste ano. Com 138.261 participantes, os dados obtidos indicam a importância do tema para a sociedade, além de oferecer dados relevantes para subsidiar debates que vêm ocorrendo no Congresso Nacional.

A enquete mostra também que mais de 90% dos internautas defendem prisão para quem publicar imagens de estupro, além do aumento de pena para autores do crime de estupro cometido por duas ou mais pessoas.

Sobre a primeira atitude tomada pelas agredidas, os participantes da enquete, que revelaram conhecer mulheres vítimas desse tipo de violência, apontaram que 33% não fazem nada, 27% procuram as delegacias de polícia, 20% buscam ajuda da família e 12% vão aos hospitais. Uma quantidade menor (7%) tem iniciativa de ligar para o Ligue 180, número oficial da Secretaria de Políticas para Mulheres de socorro às agredidas. O mesmo índice (7%) procura atendimento em ONGs. Apenas 3% buscam organismos oficiais de assistência social.

A enquete revela ainda um baixo nível de conhecimento dos internautas sobre as punições a agressores. Somente 28% dos participantes indicam ter muita informação sobre penas por agressões às mulheres, enquanto 66% avaliam conhecer pouco sobre o tema. Para 85% dos respondentes, as atuais penas por estupro são insuficientes.

O levantamento abordou também as possíveis medidas para se combater o estupro. Para a maioria (42%), a melhora da educação nas escolas seria a medida mais eficaz. Essa opção veio seguida pela garantia do cumprimento das leis (19%) e realização de campanhas de conscientização.

Os resultados refletem a opinião das pessoas que participaram da enquete no portal do Senado Federal. Os números não representam a opinião da totalidade da população brasileira.