Uso e exposição à Inteligência Artificial
O uso da Inteligência Artificial já faz parte do cotidiano dos respondentes: 35% afirmam utilizá-la quase todos os dias, enquanto 26% declaram usar algumas vezes por mês e 19% poucas vezes no ano. Outros 18% nunca utilizaram IA.
Quanto ao contato com conteúdos digitais gerados por IA (como vídeos, imagens ou áudios), 41% dos respondentes afirmam vê-los quase todos os dias, 29% algumas vezes por mês e 21% poucas vezes no ano. Já 8% dizem nunca se deparar com esse tipo de conteúdo.
Reconhecimento de conteúdos falsos e exposição a anúncios fraudulentos
A capacidade de identificar conteúdos falsos gerados por IA é significativa entre os participantes: 51% dizem reconhecer quase todos os dias, 29% algumas vezes por mês e 12% poucas vezes no ano. Somente 7% nunca reconhecem tais conteúdos.
Sobre anúncios de produtos falsos gerados por IA, 41% relatam vê-los quase diariamente, enquanto 31% encontram esses anúncios algumas vezes por mês.
Punição para crimes digitais cometidos com IA
Há uma tendência de maior rigor na punição de crimes cometidos com o auxílio de IA. Para 72% dos respondentes, criar voz ou imagem falsa com intenção de crimes contra a honra deve ter punição mais grave do que crimes semelhantes sem IA.
Da mesma forma, 44% dos respondentes concordam totalmente e 25% concordam que quem divulga conteúdos falsos feitos com IA para atacar a honra de alguém deve receber pena aumentada.
Quando o crime envolve falsa identidade, 41% das pessoas que participaram concordam totalmente que o uso de IA deve acarretar pena maior, enquanto 23% concordam e 14% preferem não responder.
A responsabilização por compartilhamento também é apoiada pelos respondentes: 32% concordam totalmente e 25% concordam que quem divulga conteúdos falsos criados por IA, mesmo sem ter criado o material, também deve ser punido.
Acompanhamento de notícias e debates legislativos
O interesse por temas do Senado Federal está presente em parte do público participante: 63% acompanham notícias relacionadas ao Senado. Já sobre debates de projetos de lei, 62% acompanham, indicando um nível razoável de engajamento político entre os respondentes.
Valores individuais e coletivos
Sobre a importância dos interesses individuais versus coletivos, as opiniões se dividem. O percentual de respondentes que entendem que a autonomia e os interesses individuais são mais importantes, somam 24%. Em contrapartida, 35% concordam totalmente e 28% concordam que o bem-estar da comunidade está acima dos desejos individuais, evidenciando uma inclinação à valorização do coletivo.
Perfil dos Respondentes
A enquete abrangeu participantes de todos os estados, com destaque para São Paulo (22%), Rio de Janeiro (10%) e Minas Gerais (6%). O perfil demográfico mostra predominância masculina (51%), com mulheres representando 35% e 15% preferindo não informar.
Em relação à cor ou raça, 53% se declaram brancos, 24% pardos, 6% pretos, 1% amarelos, 1% indígenas e 16% preferem não responder.
A faixa etária dos respondentes é diversificada: 21% têm 60 anos ou mais, 16% entre 50 e 59 anos, e 13% entre 20 e 29 anos.
Quanto à escolaridade, 32% têm ensino médio, 25% ensino superior e 19% pós-graduação.
Na dimensão religiosa, 29% se declaram católicos, 21% sem religião, 13% evangélicos, 7% espíritas, 6% outras religiões e 25% preferem não responder.
Considerações Finais
Os dados da enquete DataSenado 2025 ilustram um perfil de respondentes que estão atentos ao avanço da Inteligência Artificial no cotidiano. A familiaridade com ferramentas de IA, a percepção sobre conteúdo falso e a demanda por maior rigor na legislação mostram preocupação com a segurança digital e a proteção da honra e identidade.
GraficoIA
_
Os resultados refletem a opinião dos internautas que participaram da enquete no portal do Senado Federal. Os números não representam a opinião da totalidade da população brasileira. Os valores percentuais foram arredondados de maneira que a soma dos percentuais de alguns gráficos pode ser diferente de 100%, para mais ou para menos.