19/11/2015

Eleitor pede reforma política já, fidelidade partidária e campanhas mais baratas

Pesquisa realizada pelo DataSenado, em setembro/outubro, novamente, aponta majoritário apoio à reforma política e pressa nas mudanças - 91% dos entrevistados defendem que novas regras tenham validade já nas eleições de 2016.

Os pesquisados querem redução nos gastos eleitorais, além de agravamento nas penas e multas para doadores e recebedores de doações ilegais. Assim, 87% defendem impedimento de disputar eleições para partidos que ultrapassem limites de gastos da campanha anterior; e 84% apontam: empresas que façam doações ilegais não poderão ter contratos com governos e órgãos públicos.

Como o registrado em pesquisas anteriores sobre o tema, a maioria sabe que propostas de reforma política estão sendo debatidas no Congresso Nacional. A fidelidade partidária é defendida por 72% dos respondentes que apontam: trocas de partido só podem ocorrer ao final do mandato e 91% consideram que isso só deva ser autorizado quando houver flagrante contradição nos ideários dos partidos coligados.

Para 77% dos pesquisados também as coligações com partidos de programas distintos podem justificar trocas de legenda. E 55% são contrários às coligações partidárias.

87% aprovam a criação do “voto destituinte”, quando eleitores votam para destituir políticos que não agirem direito no exercício dos cargos para os quais foram eleitos. Possibilidade não prevista nas leis brasileiras.

A maioria dos pesquisados defende aumento das idades mínimas para candidaturas. Assim, por exemplo, para concorrer a Presidente da República e a senador seriam obrigatórios 40 anos – cinco a mais do que o estabelecido hoje; 35 para candidatos a governadores; 31 para prefeitos e deputados federais; 30 para deputados estaduais e distritais, e 21 para vereadores.

Questões relativas às candidaturas avulsas e financiamento de campanhas dividiram opiniões - 52% são contrários à possibilidade de candidatos sem filiação partidária; 45% são a favor; 56% aprovam uso de recursos privados e públicos nas campanhas eleitorais e 46%  são contrários ao uso de recurso público e 37% são a favor. A maioria - 55% - aprova que tanto pessoas jurídicas quanto físicas possam doar recursos para partidos e candidatos.

A pesquisa do DataSenado, feita por solicitação do senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL), autor de projeto sobre o tema, foi realizada de 22 de setembro a 5 de outubro, ouvindo 1092 maiores de 16 anos, em todos os estados brasileiros e no DF.