Homens e mulheres que se candidataram às eleições de 2018 e 2020 compartilham percepções semelhantes sobre violência política em suas mais diversas formas. Mas as candidatas são mais discriminadas e desqualificadas por serem do sexo feminino. É o que revela a segunda edição da pesquisa “Mulheres na Política”, realizada pelo DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência.
A série histórica revela que 3 a cada dez mulheres são discriminadas em função de seu gênero, já que em 2022 obteve-se percentual equivalente ao observado em 2016, considerando a margem de erro. Também se manteve estável a percepção de que o ambiente político favorece mais os homens, opinião partilhada por 64% dos candidatos.
A pesquisa buscou investigar fatores que podem resultar na baixa representatividade feminina nos cargos eletivos, bem como a prevalência de violência política em ambos os gêneros. Candidatos e candidatas foram entrevistados sobre suas motivações para entrar na política, influência da família, responsabilidade em relação às atividades domésticas, entre outros.
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Dos dias 22 de março a 13 de abril de 2022, 2.850 candidatos, entre homens e mulheres, foram entrevistados por telefone. A lista de respondentes foi selecionada a partir do cadastro fornecido pelo Tribunal Superior Eleitoral por meio de acordo de cooperação técnica.