30/06/2009

A internet e as eleições brasileiras

Pesquisa confirma: web será estrela nas eleições de 2010

Ao lado da televisão, a internet será a grande estrela nas eleições gerais brasileiras de 2010. Pesquisa nacional do DataSenado ouviu, por telefone, 1.088 brasileiros eleitores, distribuídos por todas as capitais do país. O levantamento mostrou que a internet é o segundo meio de comunicação mais usado pelo cidadão para informar-se sobre política, atrás apenas da TV.

A principal vantagem da web nas próximas eleições, segundo os entrevistados, será facilitar o diálogo entre eleitores. Dois em cada três deles consideram que a web terá grande impacto no próximo pleito (59%), sendo que entre os cidadãos que usam regularmente sites de notícias e participam de redes sociais (Orkut e Twitter, por exemplo), esse percentual sobe para 64%.

O levantamento do DataSenado buscou, ainda, avaliar a importância relativa dos meios de comunicação no esforço do cidadão para informar-se sobre questões políticas. A TV foi, de longe, o veículo mais usado (67%). Mas a internet apareceu em segundo lugar, com 19% das respostas válidas. O segmento “jornais e revistas” surgiu em terceiro, com 11%. A mídia rádio é preferida por apenas 4% dos entrevistados.

Quase metade dos respondentes (46%), finalmente, acredita que a principal vantagem da internet nas eleições será a troca de informações e idéias entre os eleitores. A possibilidade de facilitar a comunicação entre candidatos e eleitores aparece em segundo lugar, com 28%, o mesmo percentual dos que responderam “divulgar as propostas dos candidatos”.

Os entrevistados que disseram usar a internet diariamente somaram 58% dos respondentes; 78% acessam sites de notícias e 53% participam de alguma rede social, como Orkut ou Twitter.

Algumas características peculiares dessa nova mídia explicam sua crescente importância no campo da informação política: a) ela oferece a oportunidade do internauta conseguir informação em tempo real, com vantagem adicional em relação ao rádio e à TV graças à possibilidade de recuperação de notícias e opiniões; b) as redes sociais diluíram e multiplicaram os papéis de formadores de opinião, com a massificação da comunicação interativa entre desconhecidos, sobretudo jovens.