Aumenta o número de brasileiros que apoiam a educação domiciliar
Em pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado em 2019, 2 em cada 10 dos entrevistados declararam ser a favor da educação domiciliar. Na rodada deste ano, esse número subiu para 36%. No entanto, a maioria da população continua contra a implementação dessa modalidade de ensino no país.
Apesar de mais da metade (55%) dos respondentes acharem que a qualidade do ensino vai piorar com a educação domiciliar, em 2020 registrou-se uma queda de sete pontos percentuais em relação ao ano anterior na quantidade de pessoas que têm essa opinião.
Quando comparados ao levantamento anterior, resultados mostram queda na quantidade de brasileiros que consideram essa modalidade de ensino prejudicial para a socialização de crianças e adolescentes.
Cresce o número de pais que optariam pela educação domiciliar
Entre os que declararam ser responsáveis por algum menor de 18 anos, 41% afirmaram que escolheriam educar os filhos em casa se fosse possível. Em 2019, esse número foi de 30%.
Entre os motivos que levariam os responsáveis por menores de 18 anos optar pela educação domiciliar, destacam-se o bullying e a vontade de aumentar a presença da família em casa.
Por outro lado, 58% dos responsáveis por estudantes menores de idade não optariam pela educação domiciliar, principalmente por causa do prejuízo tanto à qualidade do ensino, quanto à formação da criança e da falta de suporte pedagógico.
Ensino deve ser conduzido somente por profissionais capacitados
Caso a educação domiciliar seja permitida, 77% dos entrevistados acham que o ensino deve ser conduzido somente por profissionais capacitados. Já outros 18% acham que pais e responsáveis também poderiam dar aulas em casa.
Ensino em 2021
Esse ano, por causa da pandemia, escolas ofereceram aulas a distância para os alunos e poderão continuar com esse formato em 2021. Mais da metade dos participantes concordam com essa possiblidade, enquanto 44% se manifestaram contra.
Entre os que não apoiam aulas remotas para o ano que vem, 58% acham que devem ser apenas presenciais, enquanto 38% concordam que as escolas ofereçam uma combinação de aulas remotas com aulas presenciais.
As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas, são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo 1 do relatório). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação proporcional à população de cada UF.