Maioria dos brasileiros apoia uso do fundo eleitoral no combate ao coronavírus

Em pesquisa nacional realizada pelo DataSenado, resultados mostram que brasileiros concordam com o uso do fundo eleitoral para combater o coronavírus e acham que a punição para o desvio de dinheiro público destinado ao enfrentamento da pandemia deveria ser mais rigorosa.
16/06/2020 10h00

Maioria dos brasileiros apoia uso do fundo eleitoral no combate ao coronavírus

Medidas de enfrentamento ao coronavírus foram tema de nova rodada de pesquisa nacional DataSenado sobre a epidemia no país. O levantamento, realizado entre os dias 9 e 11 junho, ouviu 1.447 cidadãos com mais de 16 anos, em amostra representativa da opinião da população brasileira. Os resultados mostram que aproximadamente 9 em cada 10 brasileiros concordam com o PL 1.412/2020, de autoria da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A proposta autoriza o governo federal a usar recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para o enfrentamento de crises decorrentes de pandemia declarada pelo Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

 

Já o PL 2.708/2020, que torna mais rigorosa a punição para desvio de dinheiro público destinado ao enfrentamento da pandemia, tem apoio de 96% dos brasileiros. A proposta, também de autoria da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), altera o Código Penal para incluir a definição do crime de peculato qualificado, com pena prevista de reclusão de 12 a 30 anos e multa.

 

 

Medidas para amenizar o impacto econômico da epidemia no orçamento dos cidadãos também foram objeto da pesquisa. Os dados mostram que 78% brasileiros concordam que a cobrança de multas e juros sobre operações de crédito bancário deve ser proibida, conforme previsão do PL 1.209/2020.

 

 

Na mesma linha, a maioria dos brasileiros acham que o pagamento de financiamento imobiliário deve ser suspenso no caso de pessoas que perderam o emprego ou tiveram a renda diminuída em razão da crise causada pelo coronavírus. A medida está prevista no PL 1.935/2020.

 

 

 

As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo 1 do relatório). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação proporcional à população de cada UF.