7 em cada 10 brasileiros não têm plano de saúde

O Instituto DataSenado realizou pesquisa nacional para avaliar a opinião de brasileiros sobre planos de saúde e projetos de lei para proteger pessoas com deficiência durante a pandemia do coronavírus.
22/06/2020 12h00

O Senado Federal já analisou e votou mais de trinta propostas de lei com objetivo de minimizar os efeitos da Covid-19 no país. Para subsidiar o trabalho parlamentar e auxiliar na definição de prioridades, o Instituto DataSenado realiza rodadas frequentes de pesquisas de opinião. Entre os dias 27 e 29 de maio, foram entrevistados por telefone 1.200 brasileiros com mais de 16 anos, em amostra representativa da opinião da população brasileira.

Os resultados da última pesquisa realizada pelo DataSenado indicam que 71% da população brasileira não tem plano de saúde. Desses, 64% afirmam que nunca tiveram e outros 36% que já tiveram, mas precisaram cancelar. Aproximadamente 80% deixaram de ter plano de saúde há mais de ano atrás.

 

 

 

 

Os principais motivos para o abandono foram “não ter mais condições financeiras de pagar” (46%) e “sair de empresas que forneciam plano de saúde” (42%).

 

 

Entre os 30% de brasileiros que têm plano de saúde, 33% afirmam confiar muito, enquanto 56% dizem confiar pouco na assistência contratada. No entanto, 83% consideram que manter um plano de saúde é prioridade, mesmo em caso de necessidade de cortar despesas.

 

 

 

Em linha com esse resultado, 84% dos brasileiros concordam com a iniciativa da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) de assegurar a trabalhadores o direito de manter por um ano os planos de saúde corporativos caso sejam demitidos durante a pandemia.

 

 

A pesquisa também indica que 64% dos respondentes que têm ou já tiveram plano de saúde, em caso de necessidade por causa do coronavírus, gostariam de ser atendidos em hospitais privados. Em contrapartida, 28% afiram ter preferência por atendimentos realizados em hospitais do SUS.

 

 

 

As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo 1 do relatório). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação proporcional à população de cada UF.