Ideia Legislativa
Criação de filhos pelo Estado
Apesar da existência há muito tempo da escola pública e do ensino obrigatório, a igualdade de oportunidades ainda está muito longe de ser uma realidade, tanto no Brasil como em todo o mundo.
Estudos nos EUA (Sean Reardon, Professor de educação em Stanford) mostram que, mesmo entre crianças de escolas públicas, as que vivem em bairros de maior renda tem melhor desempenho escolar, e portanto mais chance de entrar nas melhores faculdades, perpetuando e reforçando a concentração de renda e riqueza. Isso acontece porque o ambiente na família, na vizinhança e até na própria escola é mais estimulante para as crianças de maior renda.
Além da desigualdade social, existe em nosso país, como nos EUA, a desigualdade racial, e a maior proporção de negros entre os mais pobres evidencia a perversa realimentação da cadeia da desigualdade, e de como é difícil quebrá-la com as instituições atuais.
Mais detalhes
Todas as crianças, após passada a fase de amamentação, que coincide aproximadamente com a licença maternidade, passariam a ser educadas em escolas de tempo integral, sendo separadas de seus pais. Não seriam herdeiras e nem poderiam receber doações ou presentes de seus pais.
O sistema seria custeado por impostos correspondentes ao menor gasto que as famílias teriam, ao não precisarem criar os próprios filhos. Além disso, a venda das propriedades dos pais falecidos também ajudaria a custear o sistema, já que as heranças para as novas gerações desapareceriam.
As crianças poderiam ser agrupadas em unidades ao longo do território nacional, de modo a que cada uma dessas unidades mantivesse uma proporção entre sexos e raças aproximadamente igual à média da população.
Todos receberiam uma qualificação profissional no ensino médio, e aos 18 anos começariam a trabalhar, podendo continuar morando na escola por um certo período, enquanto não tivessem renda para alugar ou iniciar a compra de uma casa.
Aqueles que tivessem rendimento escolar e desejassem ingressar no ensino superior, continuariam estudando até a formatura.
Acredito que em uma ou no máximo 2 gerações, as desigualdades sociais seriam apenas aquelas derivadas do talento e outras características individuais, e não como hoje uma consequência da riqueza, sobrenome ou cor da pele dos pais.
2 apoios
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Data limite para receber 20.000 apoios
21/03/2017
Ideia proposta por
CLAUDIO S.
- RJ
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