e-Cidadania

Esta medida já foi defendida por Itamar Franco em 2011, e pelo senador Cristóvão Buarque e pelo ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, ambos em 2013. Países como a França, Estados Unidos e Chile já possuem esta modalidade de candidatura. É evidente que a população brasileira tem cada vez menos identificação não somente com os políticos atuais, mas também com os partidos políticos, fato evidenciado nas manifestações pelo Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. E não será com a criação de novos partidos, seguindo as mesmas regras dos partidos atuais que irá mudar essa situação. Candidatos realmente independentes podem trazer à luz ideias novas, e problemas que não são do interesse de grandes partidos. Candidatos independentes não ficariam reféns de decisões partidárias, e teriam mais liberdade para propor e negociar acordos.Ter esse tipo de candidatura é a confirmação da soberania popular. O fim do monopólio partidário teria o efeito de ampliar o leque de candidaturas à disposição do eleitor e, dessa maneira, aumentar a qualidade da representação política no País. Existe uma PEC (7/2012) atualmente no Senado - mas esta trata apenas da desvinculação da filiação partidária - o que não contempla uma candidatura sem nenhuma veiculação à partidos políticos. Mas, mesmo esta PEC teve voto contrário quanto ao mérito da proposta pela CCJ (analisada pelo senador Humberto Costa do PT), alegando que isto enfraqueceria os atuais partidos. Pois bem - partidos que realmente representam os interesses da população não deveriam temer esta medida. Partidos que atendem aos anseios populares, só teriam confirmada sua representatividade, como acontece nos países citados acima, onde esta medida já existe implementada. Esta medida serve sim, para dar voz aos excluidos. Dar voz a quem não quer se comprometer com a situação. Para representatividade máxima do direito à cidadania.