e-Cidadania

A mobilidade urbana, juntamente com a saúde, segurança e educação é hoje um verdadeiro problema para os gestores municipais. Por outro lado, no tocante à logística, o nosso país tem uma extensa malha ferroviária que foi desenhada no início do século passado, quando as cidades eram muito menores do são hoje. Naquela época a malha ferroviária, ao passar pelos centros urbanos, o fazia de forma tangente, ou seja, passava por uma área suburbana, não havendo quaisquer empecilhos no tocante à mobilidade urbana. Hoje a população das cidades foi alastrando-se e ocupando áreas adjacentes às ferrovias. Ferrovias estas, que acabam por dividir os centros urbanos em duas ou mais partes, comprometendo sobremaneira a mobilidade urbana, incluindo se aqui a prestação dos serviços dos veículos de socorro. Havemos constatado vários acidentes de automóveis que, ao transpor uma ferrovia, acabam por colidindo com vagões em péssimo estado e sem faixas ou fitas refletivas, visto que não há legislação para tal, ocasionando mortes desnecessárias, tanto por estes acidentes, quanto pelo tempo que uma ambulância deve esperar passar uma composição enorme de vagões. Havemos constatado também problemas com acidentes de descarrilamento em plena área urbana, pondo em risco a vida de várias famílias que inadvertidamente ocupam as áreas das faixas de domínio, em virtude da superpopulação urbana. O que se propõe é que seja feita uma lei que atribua à união e à empresa concessionária, a mudança no traçado das linhas férreas que perpassam o perímetro urbano das cidades brasileiras, respeitadas as suas peculiaridades. Propõe-se inicialmente um grupo de trabalho formado por integrantes da união, da empresa concessionária, prefeituras e entidades populares formadas para essa finalidade. Este grupo de trabalho irá debater sobre as possibilidades de cada município que manifestar interesse, para estudos técnicos de valores e traçados alternativos e outros assuntos que se fizerem necessários.