Livro que organiza artigos do 'Racismo em Pauta' é lançado nesta segunda
Todos os textos e cards informativos foram publicados na Intranet. Devair Nunes, membro do GT de Afinidade, explica que o livro é todo sobre racismo e suas nuances. Ele destaca que, apesar de ser um problema de todos, a prática penaliza apenas alguns grupos. Portanto, o fundamental seria ampliar o debate para promover sensibilização.
— Os problemas que não são expostos não são vistos, e não sendo vistos não são resolvidos. O racismo é um problema de todos. Hoje, os negros, que correspondem a mais de 50% da população, não têm oportunidade de utilizar todo o seu potencial porque gastam muito tempo e energia para superar as dificuldades criadas artificialmente pelo racismo — avalia.
O consultor legislativo e ex-coordenador do GT Henrique Pinto explica que a desigualdade étnico-racial na política se reproduz no dia a dia. Segundo ele, a discriminação racial ocasiona a marginalização e depreciação de culturas de determinados grupos étnicos. Ele ressalta que não se trata de um ato isolado.
— A superação do racismo estrutural apenas será viabilizada por meio do debate nas mais variadas áreas do conhecimento, seja no campo político, econômico e social. Em especial, no cenário escolar, um lugar privilegiado para reflexão, conscientização e debate sobre a igualdade e respeito a todos, desde as etapas iniciais. O Parlamento também pode proporcionar importantes contribuições para o debate em questão, principal objetivo desta obra — explica, citando o artigo Educação em direitos humanos como combate ao racismo estrutural, de Lorena Silva e Silva Faustino.
Trabalho contínuo
O Coprig foi criado em 2015 para promover a igualdade de gênero e raça no Senado Federal. Entre suas atribuições, estão a de acompanhar o calendário de atividades dirigidas aos servidores e promover a troca de conhecimentos orientados pela promoção da isonomia de direitos entre homens e mulheres. Os interessados em participar do GT devem mandar um e-mail para gtraca@senado.leg.br. As reuniões acontecem uma vez por mês.
— Podemos dizer que a maior urgência é formar pessoas antirracistas. Não basta saber que o racismo existe e que é importante combatê-lo. É necessário que as pessoas não fiquem inertes. É preciso denunciar pelo disque 100, mudar normas e regulamentos racistas nas instituições em que atuam e não curtir e espalhar piadas de cunho racista, dentre outros comportamentos — frisa.
Ele também convoca os colaboradores a apoiarem o GT de Afinidade. Para isso, pede que os colegas leiam e comentem os artigos publicados na Intranet e deixe uma mensagem na seção de comentários. As reuniões do grupo também são ebertas a qualquer um e toda divulgação é bem-vinda.
*Com informações da Comunicação Interna do Senado Federal