Oito especialistas do corpo clínico do Instituto Onco-Vida realizaram na tarde desta 5ª feira, 6 de outubro, um talk show sobre o câncer de mama. A atividade inovou nasceu de uma parceria estabelecida entre o instituto brasiliense dedicado a oncologia, a Diretoria Geral do Senado, a Procuradoria Especial da Mulher do Senado e o Comitê pela promoção da Igualdade de Gênero e Raça para a realização de atividades de conscientização neste Outubro Rosa e também no Novembro Azul, quando o tema será o câncer de próstata.

Rita Polli, coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, saudou o público em nome da procuradora-Especial, senadora Vanessa Grazziotin. “A bancada feminina está preocupada, ao incentivar atividades como essa, em dar uma orientação a mulheres atendidas pelos planos de saúde e também no Sistema Único de Saúde”, disse Rita. Responsável pelas oficinas de Saúde da Mulher da ProMul, Rita destacou a importância de cuidar da saúde na sua integralidade, abrangendo a prevenção, a proteção e a promoção.

“O câncer é uma doença que melhora as pessoas que o superam”, disse a oncologista e diretora médica Andrea Farias, após a exibição de vídeo motivador, um documentário de 2015, realizado para celebrar os 20 anos da campanha O câncer de mama no alvo da moda. Sheron Menezes, Wanessa Camargo, Miá Mello, Vanessa Gerbelli, Rafael Cardoso, o cantor Luciano, Marcos Pasquim, entre outros falam de como o tema os tocou. No filme, a diretora de cena, Meran Vargens, também conta sua própria experiência de superar um câncer.

Constituída por três oncologistas – além da diretora Andréa, a drª Andreza Karine e o dr.Cristiano Augusto; mastologista, dr. Rodrigo Pepe; onco-geneticista, drª Magda Gomes, psicóloga, a drª Raquel Helena; nutricionista, a drª  Paulina Nunes;  e fisioterapeuta, a drª Kristina Silva Bernandes, a equipe da Onco-Vida defendeu a proposta de um tratamento humanizado e multidisciplinar, respondendo a diversas questões sobre o peso da genética no câncer, os fatores ambientais favorecedores da doença e até a relação com o envelhecimento.

Apenas uma pequena parcela dos cânceres, entre 10 e 15%, deve-se a fatores genéticos, disse a onco-geneticista Magda Gomes, que acha possível que o número esteja subestimado. Os demais casos são atribuídos a fatores ambientais e hábitos. Sedentarismo, stress, tabagismo e alimentação são fatores que influem no aparecimento do câncer. Segundo a drª Magda, a longevidade maior das pessoas aumenta também a possibilidade de a pessoa conhecer uma mutação celular cancerígena.

“É preciso trocar o caminho do mercado pelo caminho da feira”, disse a nutricionista Paulina Nunes, referindo-se a quantidade de aditivos e conservantes adicionados a alimentos industrializados. O dr. Rodrigo Pepe destacou a importância do cuidado preventivo, que deve começar antes dos 40 anos. “Tenha um mastologista para chamar de seu”, brincou. Segundo ele, “o maior objetivo do autoexame é fazer a mulher se conhecer”, mas um mastologista tem mais sensibilidade e capacidade para descobrir lesões em dimensões menores.

Fotos: Oncovida