Senadores usam redes sociais para parabenizar mulheres pelo 8 de março

09/03/2020 14h17

Senadores homenagearam mulheres no domingo, 8 de março, por meio das redes sociais. Embora alguns tenham citado mães, filhas e esposas, a maioria saudou as mulheres em geral, como o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que escreveu: “Meu desejo é que o Brasil seja um país cada vez mais de mulheres que fazem a diferença. Parabéns a todas vocês que ajudam a construir uma sociedade melhor”.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que “a história é formada por mulheres fortes, corajosas e inspiradoras, como Maria Quitéria e a jogadora Marta”. Já Major Olimpio (PSL-SP) reproduziu, no Twitter, uma mensagem que circulou no WhatsApp: “Metade do mundo são mulheres e a outra metade são os filhos delas”.

Quase todas as senadoras falaram do tema. Mara Gabrilli (PSDB-SP) postou uma foto rodeada por colegas de mandato e desejou que “mais brasileiras ocupem espaços até então inalcançáveis e tenham seus direitos respeitados e mais lideranças femininas surjam para fortalecer nossa democracia, porque ela só existe de fato quando há pluralidade e igualdade”. Uma das senadoras que aparece na foto de Mara é Eliziane Gama (Cidadania-MA), que em sua conta no Twitter lembrou “lutas históricas das mulheres” e destacou a honra de “ser uma das vozes femininas no Parlamento e uma defensora de causas nobres”.

Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), agradeceu aos homens com quem trabalha e lembrou que é importante continuar na luta por mais igualdade. Já Kátia Abreu (PDT-TO) adotou um tom descontraído: “Feliz dia das que sempre têm razão”, brincou.

Violência

Mailza Gomes (PP-AC) disse querer “zerar a violência contra as mulheres no estado do Acre”. Do estado vizinho, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) postou um vídeo com estatísticas sobre a violência no Amazonas e no Brasil. Ele escreveu que o dia serve para alerta e luta contra todo tipo de violência. Outro vídeo veio do senador Jaques Wagner (PT-BA), com imagens de mulheres e palavras que simbolizam sua luta.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também escreveu sobre o tema. Disse haver “um longo caminho pela frente com sonhos de igualdade, respeito e paz”.

— A violência ainda cala e machuca o corpo e a alma feminina. O 8 de Março não é uma data comemorativa. É o símbolo maior de uma luta que precisa ser, cada vez mais, uma causa de todos nós — conclamou, em sua conta no Twitter.

Igualdade

Destaque entre os vídeos dos senadores nas redes sociais foi para a neta do senador Humberto Costa (PT-PE), Alice, de apenas dez anos. Na conta do avô no Twitter, ela pediu igualdade de salários para homens e mulheres.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) falou do mesmo assunto em seu perfil: citou dados que apontam as mulheres como maioria entre os trabalhadores com ensino superior e, paradoxalmente, uma média salarial feminina inferior à dos homens.

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) disse ter orgulho das articulações em Brasília que buscam assegurar igualdade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

— Mas devemos seguir na busca por justiça e respeito — reconheceu.

O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) afirmou que a data lembra como ainda é preciso avançar na busca por mais equidade, contra a discriminação e o preconceito. A luta feminina por igualdade também foi o tom do vídeo postado por Paulo Paim (PT-RS), com fotos de mulheres como a da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada em 2018.

Participação

Soraya Thronicke (PSL-MS), também por vídeo, mostrou que a participação das mulheres na política ainda pode crescer, enquanto dois senadores do PT — Rogério Carvalho (SE) e Jean Paul Prates (RN) — destacaram como exemplo desse ativismo a Marcha das Mulheres em Brasília. A manifestação reuniu mulheres do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e índias, além da população em geral.

Alessandro Vieira (Cidadania-SE) declarou que a mudança é feminina. Ele reproduziu a linha do tempo feita pelo perfil @senadofederal no Instagram mostrando as conquistas femininas desde 1946 — quando a Constituição estabeleceu o direito de as mulheres votarem e serem votadas — até o ano passado, quando foi reconhecido como prioridade o divórcio para vítimas de violência doméstica.

— Queremos mais protagonismo, oportunidade, respeito e igualdade na diversidade pra essa maioria nada silenciosa.

Agência Senado

Senadores usam redes sociais para parabenizar mulheres pelo 8 de março

Foto: Cesar Itiberê/Fotos Publicas