A Procuradoria Especial da Mulher do Senado e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas fizeram o lançamento a cartilha Mulheres que Constroem o Varejo – Precursoras da Mudança 2023, na Biblioteca do Senado Federal, nesta 3ª feira, 15 de agosto. A CNDL também entregou em mãos da procuradora Especial da Mulher do Senado, senadora Zenaide Maia, o manifesto Mulheres que Varejo, em que precisamos avançar.

Discursando em nome presidente da CNDL, José César da Costa, e da Coordenadora do Projeto Mulheres que Constroem o Varejo, Lúcia Helena Leijôto Pinto, a coordenadora de Relações Institucionais e Governamentais, Karoline Lima, destacou os quatro pontos do manifesto: aplicação de MEI voltado para mulheres; fomento ao crédito diferenciado para mulheres; ampliação de creches e auxílios; e rede de segurança social, de saúde e segurança.

“Para as empresárias, os juros são mais altos na hora de fazer empréstimos, mesmo que a taxa de inadimplência seja menor", disse Karoline, para dar um exemplo das dificuldades encontradas pelas mulheres que empreendem no varejo.

A senadora Zenaide Maia disse que os juros altos são um empecilho a qualquer projeto de desenvolvimento. “Quando uma pessoa ou mesmo uma família investe na compra de um celular novo, acaba pagando duas ou três vezes o aparelho, por conta dos juros – é como se o banco ficasse com dois aparelhos para ele”, comparou.

Para a senadora, escolher a Biblioteca para lançar a Cartilha foi uma felicidade. “Como tenho me preocupado muito com formação e educação, mídia e livro, fui ler Ruy Barbosa e lá encontrei algo assim:  liberdade sem imprensa é como a inteligência sem a palavra, e a vontade sem o fazer. Por isso, informação é poder – e a informação precisa chegar a cada lugar onde a Procuradoria e a CNDL alcançam”, disse.

O evento também foi prestigiado pela senadora Soraya Thronicke, que lembrou seu tempo de lojista, quando aos 19 anos abriu uma loja de artigos de ballet, ginástica e natação. Para a senadora, todos os setores da economia têm que estar satisfeitos. “Houve um tempo em que o agronegócio estava muito contente, mas os demais setores, não. Precisamos de um equilíbrio”. Ela defendeu a desoneração da folha de pagamentos e uma reforma tributária que não pese desigualmente sobre os setores econômicos.

Em nome da Biblioteca, a chefe do Serviço de Pesquisa e Recuperação de Informações Bibliográficas, Mônica Rizzo, presenteou as senadoras com exemplares da Coleção Escritoras do Brasil, da qual é uma das idealizadoras. A procuradora Especial da Mulher do Senado foi presenteada com obras de escritoras do Rio Grande do Norte: “Opúsculo Humanitário”, de Nísia Floresta, e “Dálias”, de Auta de Souza.