Presidente da Câmara assume compromisso com Bancada Feminina de voltar cota das mulheres na terça-feira (26¨)

20/05/2015 00h00

A partir da constatação de que a proposta de inclusão da cota de 30% de vagas para mulheres no parlamento não será incluída na Reforma Política, a Bancada Feminina do Congresso intensificou sua mobilização e resolveu radicalizar.  De posse de manifesto, assinado pelas parlamentares, elas visitaram o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante reunião nesta quarta-feira (20/05) com  líderes de partidos políticos da Casa, informando sobre a decisão antecipada.

Segundo as parlamentares, o presidente da Câmara, assumiu compromisso verbal de colocar  em pauta a cota das mulheres, como sexto item de votação da reforma política, que começa na próxima terça-feira (26/5). Um dia antes, às 18h de segunda-feira  (25),  haverá nova reunião do colégio de lideres, fato que deve comprometer  a luta da bancada feminina, em decorrência de outros temas que também entrarão em votação.

Além da inclusão da cota para mulheres no parlamento na pauta de votação da reforma política que deve entrar em votação, também na terça-feira  serão votados outros itens como: Sistema Eleitoral; Financiamento das Campanhas; Fim ou não das reeleição para o Executivo; Tempo do Mandato; Coincidência das Eleições; Fim das Coligações; Clausulas de Barreira; e outros itens sugeridos.

A procuradora da Mulher do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) e as senadoras Marta Suplicy (sem partido), Ana Amélia Lemos (PP/RS) e Maria Regina Souza (PT/PI) participaram do encontro. Junto com elas, a coordenadora da Bancada Feminina, deputada Dâmina Pereira (PMN/MG) e as deputadas Moema Gramacho (PT/BA), Benedita da Silva (PT/RJ), Jô Moraes (PCdoB/MG), Goreth Pereira (PR/CE)  e Alice Portugal (PCdoB/BA),  marcaram presença.

De acordo com determinação da maioria absoluta da Bancada Feminina, integrada por 17 partidos políticos, nenhuma parlamentar votará as matérias oriundas da Reforma Política, bem como usarão todos os recursos regimentais para obstruir a votação, caso não seja incluído na matéria um mecanismo que proporcione o aumento da representação feminina nos parlamentos municipais, estaduais e federal.