Pauta Feminina: Conflitos da gravidez na adolescência

Com mediação da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e participação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o encontro com especialistas debateu a realidade de meninas que engravidam com idades entre 11 e 17 anos e enfrentam adversidades do ponto de vista da saúde física, emocional e mental e ainda encaram consequências de insegurança no ambiente familiar, educacional e de formação profissional.
07/06/2016 10h25

 

Com mediação da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e participação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o encontro com especialistas debateu a realidade de meninas que engravidam com idades entre 11 e 17 anos e enfrentam adversidades do ponto de vista da saúde física, emocional e mental e ainda encaram consequências de insegurança no ambiente familiar, educacional e de formação profissional.Com mediação da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e participação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o encontro com especialistas debateu a realidade de meninas que engravidam com idades entre 11 e 17 anos e enfrentam adversidades do ponto de vista da saúde física, emocional e mental e ainda encaram consequências de insegurança no ambiente familiar, educacional e de formação profissional.Com mediação da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e participação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o encontro com especialistas debateu a realidade de meninas que engravidam com idades entre 11 e 17 anos e enfrentam adversidades do ponto de vista da saúde física, emocional e mental e ainda encaram consequências de insegurança no ambiente familiar, educacional e de formação profissional.

O encontro na manhã do dia 31 de maio, no Plenário 9 do Senado, apontou a desigualdade racial e de renda como aspectos importantes a serem considerados, como afirmou Thereza de Lamare, coordenadora-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde: “a probabilidade de ser mãe aos 14 anos é 60% maior entre adolescentes negras, mais comum nos municípios mais pequenos e de baixa renda, onde 22% das adolescentes grávidas de 10 a 19 anos realizaram menos de 4 consultas de pré-natal”, ressaltou.

Entre os impactos da gestação na adolescência não planejada estão: baixo peso, prematuridade, abandono, violência e baixo acesso à saúde e educação. Uma forma de amenizar a situação é investir em métodos contraceptivos, como atestou Luís Carlos Sakamoto, médico assistente do Centro de Referência da Saúde da Mulher, Hospital Pérola Byington de São Paulo, que apresentou em detalhes os benefícios dos LARC, métodos contraceptivos de longa duração.

Dhara Souza, professora da Fundação Educacional do DF, destacou como dificuldade a resistência dos professores em tratar da questão em sala de aula. “Ainda é um tabu, apesar de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação autorizar a orientação sobre sexo e DSTs e Aids aos adolescentes”, constatou.

“Este é um tema de iniquidades e que afeta as mulheres de grupos de maior vulnerabilidade social, afirmou Anna Cunha, do Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa).

Pauta Feminina - gravidez na adolescência

Com mediação da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e participação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o encontro com especialistas debateu a realidade de meninas que engravidam com idades entre 11 e 17 anos e enfrentam adversidades do ponto de vista da saúde física, emocional e mental e ainda encaram consequências de insegurança no ambiente familiar, educacional e de formação profissional.

Gabriela Mora, oficial de Programas do Unicef e especialista em cidadania dos adolescentes, fez um apelo para que a voz dos jovens seja trazida ao debate. Ela trouxe falas colhidas em recente oficina e lembrou que muitas vezes essa fase da vida mostra uma trajetória de traumas, razão que leva a sociedade, o estado e a família a refletir sobre o tema. Segundo ela, é uma fase em que marcada por três processos principais: construção da identidade, conquista da autonomia e a capacidade de interação. Algumas frases de adolescentes gestantes: “Eu não quero que vocês nos vejam só pela barriga”; “Queremos homens mais presentes e mais responsáveis na gravidez”; “Às vezes somos tratadas como um problema e como se a gravidez fosse uma doença”, declararam as jovens.

Também estiveram presentes; Esther Vilela, coordenadora-Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde; Haydee Padilla, representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e Walter Gomes, representante da Coordenadoria da Infância do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

O encontro mensal Pauta Feminina é uma realização da Procuradoria Especial da Mulher do Senado e da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. O programa da Rádio Senado sobre o tema irá ao ar no dia 10 de junho, às 8h30.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado