Mulheres Negras marcham pelo fim do racismo e contra violência

Com palavras de ordem e gritos de guerra pedindo mais direitos para as negras brasileiras, a marcha , aconteceu hoje, 18/11, em Brasília, e carregou mulheres de todos estados brasileiros clamando pelo fim da violência contra mulher, pela eliminação do racismo e pelo bem viver.
18/11/2015 16h57

 

Com palavras de ordem e gritos de guerra pedindo mais direitos para as negras brasileiras, a Marcha das Mulheres Negras, aconteceu hoje, 18/11, em Brasília, e carregou mulheres de todos estados brasileiros clamando pelo fim da violência contra mulher, pela eliminação do racismo e pelo bem viver.

Segundo a organização da marcha diversas caravanas vindas de todos os cantos do país trouxeram para o evento “a união pela abolição do racismo, do machismo, e da desigualdade social e econômica, que prejudicam as vidas e rebaixam a autoestima coletiva e a sobrevivência das mulheres negras do Brasil”. De acordo com o comitê organizador, cerca de 20 mil mulheres marcharam nesta quarta-feira na capital.

“Não se pode aceitar que as mulheres negras sejam associadas aos piores personagens da sociedade brasileira. Temos o direito de ser respeitadas pelo que somos e pelo que queremos ser. Nós construímos o país e precisamos ser respeitadas por isso”, defendeu Ana Flávia Magalhães Pinto, pesquisadora negra e organizadora da marcha.

A procuradora da mulher do Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) esteve no evento e afirmou que “a marcha é uma das coisas mais lindas vistas em Brasília nos últimos tempos e é uma prova de como enfrentar as adversidades e dificuldades com alegria e pacificidade”.

Vanessa Grazziotin parabenizou a negritude do país e lamentou o fato de as mulheres terem sido desrespeitadas, referindo-se a repressão sofrida pelas negras ao chegarem ao gramado do Congresso Nacional, onde houve disparos de tiros efetuados por policiais civis que foram apreendidos em seguida. “Nós vamos querer justiça, estamos todas juntas, em defesa da mulher, contra a violência, em defesa das negras e negros brasileiros”, defendeu a senadora.

Estiveram presentes na marcha diversos representantes de movimentos populares, além da Ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, da Subsecretária Geral da ONU e Diretora Executiva da ONU Mulheres Phumzile Mlambo-Ngcuka, da consulesa da França Alexandra Loras, e diversas parlamentares.