A senadora Zenaide Maia, procuradora Especial da Mulher do Senado, manifestou sua indignação diante da morte de Bernadete Pacífico, que repercute nacional e internacionalmente.

Em nota a Procuradoria Especial da Mulher do Senado chama a atenção para a "antipedagogia" representada pela impunidade de crimes desta dimensão, que pretendem inibir a atuação cidadã feminina:

NOTA DE SOLIDARIEDADE

A Procuradoria Especial da mulher do Senado, no exercício de sua atribuição de zelar pelos direitos das mulheres, vem se juntar ao clamor público que pede rigor e apuração na investigação do assassinato da ialorixá e liderança quilombola Maria Bernadete Pacífico, assassinada com 12 tiros no rosto, em sua casa, em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (BA), na tarde desta quinta-feira, dia 17 de agosto.

Mãe Bernadete tinha 72 anos, foi secretária municipal de Igualdade Racial e era dirigente da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Quilombolas (CONAQ).

Em evento público há duas semanas, com a presença da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, Bernadete Pacífico declarou que ela e outras lideranças do quilombo Pitanga dos Palmares eram ameaçadas de morte – e que se sentia quase presa em sua própria casa.

Há seis anos Bernadete Pacífico lutava para descobrir os assassinos de seu filho, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, o Binho do Quilombo, uma promissora liderança quilombola morta com 10 tiros e cujo assassinato ficou impune.  

A Procuradoria Especial da Mulher do Senado envidará todos os esforços que estiverem ao nosso alcance pela responsabilização destas mortes e para acabar com essa “antipedagogia” de uma impunidade que premia os assassinos e dissemina o medo, mas que nunca nos desanimará da luta mais justa que Bernadete Pacífico honrou em sua vida.

SENADORA ZENAIDE MAIA

PROCURADORA ESPECIAL DA MULHER DO SENADO