Abertura de exposição fotográfica na UnB será dia 27, às 19h

22/11/2018 16h45

O coquetel de abertura da exposição Exposição Fotográfica “O cotidiano da fotografia: violência de gênero e Justiça”, será nesta terça-feira, dia 27 de novembro, às 19h, no subsolo da Biblioteca da Universidade de Brasília. Programada originalmente para  domingo, dia 25 de novembro, a cerimônia de inauguração foi adiada porque a biblioteca não funcionou devido a suspensão técnica do fornecimento de energia. Aberta à visitação até o dia 10 de dezembro, a exposição está montada desde sexta-feira, despertando admiração e curiosidade.

O evento integra a programação que Procuradoria Especial da Mulher do Senado, Secretaria da Mulher da Câmara, Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher prepararam, com outros parceiros, para os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

Campanha internacional comemorada entre 25 de novembro e 10 de dezembro, os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres são uma campanha internacional realizada desde 1991 e comemorada no Brasil desde 2003. No Brasil, são 16+5 dias de Ativismo, pois as mulheres negras incorporaram o dia da Consciência Negra ao calendário.

Desafio

Dezesseis fotógrafos atenderam ao desafio de trabalhar em imagens a relação entre a violência de gênero e a justiça: Bárbara Peçanha, Carlos Bruno, Elizabeth Peral, Fernanda Araújo, Geraldo Magela, Gisele Santos, João Rios, Júlia Bandeira, Lívia Barros, Luciano Campos, Maurício Melo, Nelson Oliveira, Paula Hong, Pillar Pedreira, Sinara Bertholdo e Wagner Friaça.

Organizada por João Rios, fotógrafo, escritor e servidor do Senado, e sob curadoria da professora Sinara Bertholdo, da UnB, a exposição teve origem no grupo de pessoas reunido em agosto, no Senado, em torno do talk show “O cotidiano da fotografia: memória e gênero”, iniciativa do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça, Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça e Procuradoria Especial da Mulher no Senado.

Em parceria agora com a Faculdade de Comunicação e a Biblioteca da UnB, os órgãos do Senado trazem à universidade, sede de reflexão mas também de acontecimentos trágicos de violência de gênero, como o feminicídio da estudante de biologia Louise Ribeiro, em 10 de março de 2016, um dia após o primeiro aniversário da sanção da Lei do Feminicídio pela presidenta Dilma Rousseff, um pouco deste exercício que envolve cidadania, sensibilidade e domínio da linguagem fotográfica.

Datas

Os 16 (+5) dias de ativismo compreendem um conjunto de datas. O  dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra; 25 de novembro, o Dia Internacional de Não Violência contra as Mulheres; 1º de Desembro, Dia Mundial de Combate à Aids; 3 de dezembro, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência; 6 de dezembro, o Dia da Campanha do Laço do Branco; 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Algumas destas datas relembram momentos trágicos, como o feminicídio. Em 25 de novembro de 1960, três irmãs – Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas” – que faziam oposição ao ditador Leônidas Trujillo, da República Dominicana foram brutalmente assassinadas. Em 1999, a ONU criou este dia estimular a reflexão sobre as situações de violência que as mulheres enfrentam.

Já, em 6 de dezembro de 1989, no Canadá, um homem armado invadiu uma sala de estudantes de engenharia, mandou os homens (cerca de 50) saírem e assassinou as 14 estudantes que ficaram, bradando que “odiava as feministas”.