Elisa Lucinda defende direitos da mulher em apresentação no Auditório Petrônio Portella

Artista recitou, cantou e recitou poemas. Na abertura da apresentação, foi lançada a campanha "Com que bolsa eu vou?"
11/03/2016 10h43

O Senado recebeu na tarde desta quinta-feira (10) a atriz, cantora, poetisa e jornalista Elisa Lucinda, que se apresentou no Auditório Petrônio Portella. Ela cantou e recitou poemas que abordam o universo feminino. O evento faz parte das comemorações do mês da mulher e é uma iniciativa do Comitê pela Promoção da Igualdade de Gênero do Senado, em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher e a Diretoria-Geral.

Na abertura, a diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, lançou a campanha “Com que bolsa eu vou?”, para arrecadar roupas, calçados e itens de beleza e higiene pessoal a serem doados a mulheres em situação de vulnerabilidade que, para fugir da violência, vivem provisoriamente na Casa Abrigo do Distrito Federal. A ideia é que as peças sejam colocadas em uma bolsa.

— Esta [apresentação] não é uma atividade do Senado, mas dos servidores. Isso mostra que, quando queremos realizar algo, conseguimos. Queria convidar vocês a fazerem parte dessa campanha porque se sentir valorizada é muito importante. Nesses dias, que não têm sido fáceis, é o que faz a gente olhar o mundo com mais otimismo — afirmou a diretora-geral.

Vários pontos foram preparados para receber as doações: entrada da Biblioteca do Senado, hall do Interlegis, Secretaria de Relações Públicas, entrada da Ala Alexandre Costa, hall da Diretoria-Geral, pátio do Prodasen e Gráfica do Senado, ao lado da Caixa Econômica Federal.

Elisa Lucinda ressaltou que a mulher vem encaminhando, ao longo do tempo, sua própria transformação. De acordo com a artista, as mudanças ainda são recentes e o caminho a ser percorrido é longo.

— O papel feminino na sociedade é norteador do destino da nação. De certa forma, tudo está nas mãos da mulher. Ela é quem engravida, perde ou aborta, por exemplo. Tudo acontece dentro dela. Depois fica com ela esse emocional do mundo, já que geralmente a família também está nas mãos dela — afirmou.

Ela ressaltou que o combate ao machismo deve ser uma preocupação dos pais ao educarem os filhos. Segundo afirmou, alguns hábitos precisam ser abandonados.

— A gente podia fazer uma avaliação do momento em que nós entramos na formação do homem que mais tarde mata uma mulher. O machismo, assim como o racismo, é um sistema que precisa ser mudado.

A poetisa tem realizado espetáculos semelhantes em empresas, congressos, universidades e teatros, nacionais e internacionais. O objetivo de seu trabalho é popularizar a poesia, além de estimular a leitura e a recitação de textos poéticos.

 

 

Fonte: Agência Senado